- Analistas alertam para queda forte e riscos crescentes no Bitcoin
- Indicadores técnicos mostram pressão vendedora intensa no mercado
- Projeções apontam possível correção de até 50% no preço
O mercado de criptomoedas entrou em uma fase tensa, e o Bitcoin enfrenta sinais de baixa cada vez mais evidentes, segundo analistas on-chain. A inversão mensal do MACD neste ciclo reforçou o risco de uma correção mais profunda.
Além disso, previsões atualizadas já colocam o preço do BTC próximo da faixa dos US$ 60.000 nas próximas semanas. Porém, esse movimento aumenta a preocupação entre investidores, que veem os vendedores ganhando força rapidamente.
MACD mensal dispara alerta inédito no ciclo
Em outubro, o MACD mensal do Bitcoin cruzou para território negativo pela primeira vez neste mercado de alta. Esse movimento sempre chamou atenção porque, desde 2014, o indicador ficou vermelho apenas cinco vezes. Em quatro delas, o Bitcoin caiu aproximadamente 50% antes de encontrar um suporte sólido.
Nos gráficos, esse padrão apareceu com clareza. O trader Brett destacou que apenas em 2019 o MACD coincidiu com um fundo mais rápido, mas mesmo assim o preço continuou recuando por dois meses após o sinal. Agora, desde o cruzamento em outubro, o BTC já caiu cerca de 35%, abrindo margem para mais recuos.
Os cálculos apontam espaço para uma queda adicional de 25% até janeiro de 2026. Essa projeção coloca a próxima região crítica perto de US$ 62.200, valor que se alinha ao suporte histórico da EMA de 200 semanas, hoje próxima de US$ 66.300.
Essa leitura técnica aparece com força nos gráficos de longo prazo divulgados pelo veterano Peter Brandt. Ele projetou que o Bitcoin tende a recuar até o limite superior de um canal de suporte ascendente, localizado abaixo de US$ 70.000, antes de tentar qualquer recuperação.
Projeções apontam risco de queda mais forte
O trader Crypto Patel também identificou alvos semelhantes usando retrações de Fibonacci. Seus modelos destacaram que o preço atual se mantém afastado do ponto considerado seguro, deixando o movimento mais vulnerável a pressões vendedoras.
Brandt foi além e sugeriu cenários mais agressivos. Em um deles, o Bitcoin poderia recuar até a área dos US$ 40.000, movimento que representaria uma queda de 50% em relação aos níveis atuais caso o mercado enfrente mais estresse.
O padrão de topo duplo detectado pela analista Tracer reforçou esse risco. A estrutura técnica mostrou semelhanças com formações vistas antes de correções extensas, criando mais preocupação para o curto prazo.
Ao mesmo tempo, dados on-chain sustentam essa leitura. As bandas de desvio entre o valor de mercado e o valor realizado (MVRV) indicam que o Bitcoin segue negociado acima da faixa de −0,5σ. Historicamente, esse nível funcionou como uma zona de gravidade em mercados de baixa. Foi assim em 2018, 2019 e 2022, quando o BTC retornou repetidamente a essa região antes de formar fundos consistentes.
Ainda mais, se esse movimento se repetir agora, o preço pode recuar até US$ 76.250, faixa que combina com as projeções de Brandt e Patel. Assim, analistas afirmam que a estrutura atual mantém uma pressão baixista contínua e abre espaço concreto para uma queda severa, caso o mercado não consiga sustentar suportes decisivos nos próximos dias.
