- Recuperação intradia cresce, mas tendência de baixa ainda domina
- Indicadores mostram pressão forte sem sinais de capitulação total
- Dominância alta reforça busca por segurança no próprio Bitcoin
A expressão “preço do Bitcoin em queda” voltou às manchetes nesta semana, e o movimento chamou atenção justamente porque aconteceu em meio a um mercado ainda forte. O BTC opera perto de US$ 87.110, abaixo das principais médias móveis, e essa configuração sustenta um cenário técnico pressionado. Mesmo assim, os sinais apontam para algo mais complexo do que uma simples capitulação.
Logo de cara, o sentimento continua bem frágil. O Fear & Greed marca 23 pontos, na faixa de medo extremo, revelando um público já defensivo. Ainda assim, o mercado de criptomoedas mantém US$ 3 trilhões em valor total, o que mostra que não houve rupturas estruturais no ecossistema digital. Essa combinação entrega uma leitura mais equilibrada: há receio, mas não pânico absoluto.
O BTC segue abaixo das médias móveis diárias, o que sustenta a tendência de baixa. A EMA de 20 dias, em torno de US$ 91.640, permanece acima do preço, assim como as EMAs de 50 e 200 dias. A distância entre essas referências reforça a pressão sobre os compradores, que precisam reconquistar pelo menos o curto prazo para mudar o tom.
Indicadores técnicos intensificam o alerta
O RSI diário, perto de 35 pontos, mostra fraqueza, mas ainda não sinaliza sobre venda clássica. Isso indica que os vendedores continuam no controle, mas já não aceleram como antes. O MACD diário está negativo, embora o histograma mostre contração. Essa leitura sugere uma perda de fôlego da queda, algo comum antes de períodos de consolidação.
As Bandas de Bollinger mostram o preço entre a banda média e a inferior, cenário típico de tendência de baixa, mas ainda distante de um colapso. Se o BTC rompesse repetidamente a banda inferior, o mercado confirmaria uma expansão agressiva da volatilidade. Por enquanto, o comportamento aponta pressão, porém sem sinais de pânico intenso.
O ATR diário, próximo de US$ 3.579, evidencia volatilidade forte, mas controlada. Esse ambiente pede cautela, porque movimentos rápidos continuam possíveis em qualquer direção. Traders precisam ajustar posições e evitar entradas impulsivas.
Curto prazo tenta reagir, enquanto o diário pesa
Apesar do peso no humor do mercado, a dominância do Bitcoin fica em torno de 57%, mostrando que o capital continua concentrado no ativo principal. Isso sugere que os investidores não migraram para altcoins mais arriscadas, mas reforçam posições defensivas.
No fim das contas, a pergunta é, até onde vai o BTC? A resposta depende da força dos vendedores nas próximas sessões. Se o mercado conseguir recuperar a EMA de 20 dias, a criptomoeda pode buscar um alívio imediato. Caso contrário, o teste de convicção deve continuar, com novas pressões sobre os compradores.
