- BitMine reforça liderança com 190 mil novos ETH comprados
- Empresa mira 5% do supply total do Ethereum
- Estratégia agressiva expõe riscos, mas atrai investidores institucionais
A BitMine Immersion Technologies (BMNR), liderada por Tom Lee, da Fundstrat, reforçou sua posição como a maior detentora de Ethereum (ETH) do mundo. A companhia acumulou 1,71 milhão de ETH, avaliados em US$ 7,9 bilhões, após adquirir 190.526 tokens durante a última semana. A compra ocorreu em meio a uma correção que reduziu o preço do ETH de US$ 4.800 para US$ 4.600, segundo comunicado divulgado em 25 de agosto de 2025.
Além do acúmulo em Ethereum, a empresa mantém 192 Bitcoins (BTC) avaliados em US$ 22 milhões e US$ 562 milhões em caixa, elevando seu valor patrimonial líquido para US$ 8,82 bilhões durante a última alta. Esse movimento agressivo confirma a aposta da BitMine no papel central do Ethereum no mercado de finanças descentralizadas e contratos inteligentes.
Expansão agressiva e impacto no mercado
Tom Lee, presidente da BitMine, atribui o crescimento ao ritmo acelerado de aquisições, o que posiciona a empresa como o segundo maior tesouro de criptomoedas do mundo, atrás apenas da Strategy. O interesse dos investidores também se refletiu nas ações da BMNR, que registraram US$ 2,8 bilhões em volume diário de negociações, colocando a companhia entre as 20 mais negociadas nos Estados Unidos.
Apesar da alta de 12% no pregão da última sexta-feira, os papéis da empresa recuaram 2,6% no pré mercado, mostrando uma demanda intensa, mas instável. Esse comportamento reflete a sensibilidade do mercado ao preço do Ethereum e ao apetite por risco dos investidores institucionais.
A BitMine conta ainda com US$ 562 milhões em reservas de caixa, o que garante flexibilidade para comprar ETH em momentos de baixa, reduzindo custos médios de aquisição. Essa estratégia faz parte de seu plano de expansão, que busca aumentar sua fatia no fornecimento total de tokens.
Meta ambiciosa e riscos da estratégia
No início de agosto, a BitMine protocolou um pedido para levantar até US$ 20 bilhões por meio da venda de ações, ampliando seu programa para US$ 24,5 bilhões. Os recursos têm destino claro: a compra de ETH. O objetivo da companhia é deter 5% do fornecimento global de Ethereum, algo em torno de 6 milhões de tokens. Atualmente, com 1,71 milhão de ETH, a empresa já controla 1,43% do supply total.
No entanto, a estratégia envolve riscos relevantes. O ETH voltou dpara US$ 4.500, e as métricas de rentabilidade da BitMine ainda mostram pressão financeira, com margem EBIT negativa em -43,8%. Essa exposição revela como a forte dependência do Ethereum pode trazer ganhos rápidos, mas também comprometer a sustentabilidade de longo prazo.
O movimento da BitMine continua atraindo atenção dos mercados de criptomoedas e tradicionais. Para analistas, a empresa tornou-se um símbolo do investimento institucional em ativos digitais. No entanto, especialistas destacam que uma queda prolongada do ETH poderia corroer significativamente o valor do tesouro da companhia.
Com a reserva em caixa e as captações em andamento, a BitMine ainda tem espaço para sustentar novas aquisições. Mas seu futuro depende diretamente do desempenho do Ethereum e da velocidade de adoção do blockchain nos próximos anos.
