- Representantes da BlackRock, se reuniram com funcionários da SEC dos EUA para discutir propostas relacionadas à adição de staking nos ETFs de criptomoedas
- A empresa argumentou que essa funcionalidade elevaria o retorno e a atratividade dos produtos para investidores institucionais e de varejo
- Caso aprovado, o staking em ETFs poderá incluir outros ativos populares, como Solana e Avalanche
A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, participou de uma reunião com a força-tarefa de criptoativos da SEC em 9 de maio de 2025. O encontro abordou propostas relacionadas à adição de funcionalidades de staking nos ETFs de criptomoedas, especialmente Ether, além da tokenização de valores mobiliários. A iniciativa demonstra o crescente interesse institucional por soluções que integrem ativos digitais ao sistema financeiro tradicional, promovendo inovações reguladas e eficientes.
Staking pode ser incorporado aos ETFs de Ether
De acordo com um memorando publicado pela força-tarefa, a BlackRock destacou o potencial de adicionar o mecanismo de staking aos seus ETFs lastreados em Ether. A proposta visa permitir que os fundos aproveitem a geração de rendimento proporcionada pela validação de blocos em redes proof-of-stake, como o Ethereum.
A empresa argumentou que essa funcionalidade elevaria o retorno e a atratividade dos produtos para investidores institucionais e de varejo. Atualmente, outras gestoras também exploram essa possibilidade.
Em fevereiro, a Bolsa de Valores de Nova York apresentou uma proposta para permitir staking no ETF de Ether da Grayscale. Já a Fidelity demonstrou intenção semelhante, embora a SEC tenha adiado decisões sobre o tema. Essa postura cautelosa da agência reforça a necessidade de mais estudos regulatórios antes de autorizar o staking nos ETFs. Com essa movimentação, espera-se que novas discussões ocorram nos próximos meses.
Caso aprovado, o staking em ETFs poderá incluir outros ativos populares, como Solana e Avalanche por exemplo, diversificando o portfólio disponível no mercado financeiro tradicional.
Tokenização de ativos é prioridade estratégica da BlackRock
Outro tema tratado foi a tokenização de valores mobiliários, que envolve representar ativos como ações e títulos públicos na blockchain. Essa inovação pode reduzir custos operacionais, agilizar liquidações e manter os mercados operacionais 24 horas por dia. A BlackRock já lidera essa tendência com o fundo BUIDL, atualmente o maior veículo de dívida federal tokenizada dos Estados Unidos, com US$ 2,9 bilhões em ativos.
A Franklin Templeton, com seu fundo BENJI, e a Robinhood, que desenvolve uma blockchain voltada à negociação de ações tokenizadas na Europa, também seguem essa direção. Essas iniciativas demonstram como a indústria financeira tradicional está se aproximando da tecnologia blockchain. A colaboração entre empresas e reguladores será essencial para garantir que essas inovações sejam seguras, escaláveis e sustentáveis no longo prazo.