- Investidores migraram quase US$ 6 bilhões para ativos digitais em uma semana.
- Bitcoin liderou com US$ 3,55 bilhões, o maior volume da história.
- Incerteza política e corte de juros pelo Fed reacendem interesse institucional.
O temor de um novo shutdown nos Estados Unidos provocou entradas recordes de US$ 5,95 bilhões em fundos de criptomoedas na última semana.
Bitcoin e Ethereum lideraram o fluxo, à medida que investidores buscaram proteção diante da instabilidade política e da flexibilização do Fed.
Governo dos EUA em colapso político reacende apetite por cripto
O temor de um novo shutdown nos Estados Unidos provocou entradas recordes de US$ 5,95 bilhões em fundos de criptomoedas na última semana. Esse é o maior volume semanal já registrado. Além disso, o fluxo mostra o interesse renovado de investidores diante da instabilidade política e da flexibilização do Fed.
O movimento ocorre após uma fase de retração, quando o mercado havia perdido US$ 812 milhões na semana anterior. Entretanto, o cenário mudou rapidamente. A combinação de dados econômicos fracos, corte de juros pelo Fed e impasse político em Washington levou investidores a buscar proteção em ativos não soberanos, como o Bitcoin. Além disso, a maior liquidez aumentou a confiança entre fundos institucionais.
“Os investidores parecem estar voltando às criptomoedas como proteção contra incertezas políticas e fiscais”, afirmou James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares.
Bitcoin e Ethereum dominam o fluxo institucional
O Bitcoin foi o grande destaque, recebendo US$ 3,55 bilhões. Esse é o maior volume semanal já registrado. Além disso, o movimento indica forte convicção do mercado. Produtos vendidos a descoberto (short-Bitcoin) praticamente não tiveram demanda.
O Ethereum também se destacou, com US$ 1,48 bilhão em entradas. Assim, seu total acumulado em 2025 chegou a US$ 13,7 bilhões, quase três vezes o valor de 2024.
Além disso, a Solana consolidou-se como favorita institucional, atraindo US$ 706 milhões, outro recorde histórico. O XRP também ganhou força, com US$ 219 milhões, refletindo a retomada do interesse por grandes altcoins.
A CoinShares destaca que os Estados Unidos lideraram o fluxo global, com US$ 5 bilhões, seguidos por Suíça (US$ 563 milhões) e Alemanha (US$ 312 milhões). Portanto, a preferência institucional permanece concentrada nos mercados maduros.
Incerteza fiscal e juros baixos impulsionam o Bitcoin
A reversão — de uma saída bilionária para uma entrada maciça em apenas duas semanas — mostra como o mercado cripto está cada vez mais sensível aos eventos macroeconômicos.
Com o impasse político em Washington e a política monetária mais branda do Fed, o Bitcoin voltou a ser visto como proteção contra falhas de gestão fiscal e perda de confiança no dólar. Além disso, o ativo se fortalece como porto seguro diante da volatilidade dos mercados tradicionais.
Ainda, a CoinShares acredita que o capital institucional tende a permanecer no setor caso o atual momento de otimismo se mantenha. Isso é relevante para investidores que buscam diversificação e rendimento.
Bitcoin cresce em meio ao caos
O fluxo recorde de US$ 6 bilhões marca uma virada no sentimento global sobre os ativos digitais. Com o governo americano em crise e o Fed mais flexível, investidores parecem ter reencontrado no Bitcoin e em outras criptos um refúgio confiável diante da instabilidade política e monetária.