- Alta do Bitcoin: executivo da Bitwise afirma que halving perdeu relevância.
- ETFs e capital institucional mudam dinâmica do Bitcoin.
- Ciclo histórico de 4 anos do BTC está “morto”.
Matt Hougan, CIO da Bitwise, afirmou que o ciclo histórico de quatro anos do Bitcoin está “morto”. Ele sustenta que a adoção institucional mudou tudo. De acordo com Hougan, as forças que moldavam os antigos ciclos enfraqueceram. Halving, juros e volatilidade extrema já não comandam o mercado como antes, porque grandes players agora dominam o fluxo.
Ele lembrou que os ETFs à vista de Bitcoin, aprovados em 2024, quebraram o padrão. O BTC fez nova máxima histórica antes do halving de abril, algo inédito. O forte influxo de capital institucional após o lançamento dos ETFs levou o preço ao topo e desancorou o calendário tradicional que o mercado seguia desde 2012.
Hougan dividiu o antigo ciclo em três gatilhos centrais: halving, macro/juros e volatilidade pesada. Agora, porém, o dinheiro institucional reordena a dinâmica. Ele afirmou que a adoção institucional “está só começando”. A migração de ativos para ETFs costuma levar de cinco a dez anos, o que estica e suaviza o ciclo.
Para o executivo, 2026 “será um bom ano para cripto”. Contudo, ele projeta “um boom mais sustentado e estável, não um superciclo” como muitos esperam. Os ETFs spot dos EUA já administram cerca de US$ 154 bilhões. O IBIT, da BlackRock, superou 700.000 BTC sob gestão, um marco simbólico relevante.
Alta do Bitcoin
Com investidores institucionais mais presentes, o Bitcoin perdeu parte da sua volatilidade histórica. Movimentos recentes ficaram mais estáveis do que em ciclos anteriores. Hougan pontuou que o ciclo de juros agora é positivo para cripto, diferente de 2018 e 2022, quando aperto monetário derrubou preços e ampliou o estresse.
Desse modo, ele citou ainda avanços regulatórios como outro vetor pró-demanda. Wall Street aumenta o interesse, especialmente após Trump sancionar o chamado “GENIUS bill”. Relatos indicam que JPMorgan, Standard Chartered e Charles Schwab já avaliam ampliar ofertas com criptomoedas. Isso reforça o apoio institucional estrutural ao setor.
Além disso, Fannie Mae e Freddie Mac estariam explorando o uso de criptomoedas como ativos para considerar empréstimos, o que expande o escopo financeiro do Bitcoin. Apesar do otimismo, Hougan lançou um alerta. Empresas de tesouraria que acumulam BTC representam o “maior risco cíclico emergente” para a tendência positiva.
Nesse cenário, o halving perde protagonismo. A redução de oferta ainda importa, mas deixa de ser o motor único do próximo rali do Bitcoin. Agora, fluxos de ETFs, liquidez global, política monetária e regulações passam a ditar o ritmo. O preço reage ao dinheiro institucional, não ao relógio do halving.