De US$ 100 mil a US$ 10 mil: por que a Bloomberg agora aposta em um colapso do Bitcoin

De US$ 100 mil a US$ 10 mil: por que a Bloomberg agora aposta em um colapso do Bitcoin
  • Mike McGlone, da Bloomberg, projeta queda de até 90% do pico do Bitcoin.
  • O analista aponta US$ 10 mil como alvo de “retorno à média”.
  • Segundo ele, 2025 marcou o topo do ciclo e 2026 tende a ser recessivo.

O estrategista sênior de commodities da Bloomberg, Mike McGlone, afirmou que o Bitcoin pode despencar para US$ 10 mil, uma queda próxima de 90% em relação ao topo histórico do ciclo atual.

McGlone vê retorno extremo à média

Em publicações recentes, McGlone descartou US$ 50 mil como piso relevante. Para ele, esse nível seria apenas intermediário, segundo o analista, 2025 marcou o topo definitivo do ciclo, por isso, 2026 tende a trazer uma correção severa.

O alvo de US$ 10 mil reflete, portanto, o preço anterior ao excesso de liquidez pós-2020.

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Além disso, McGlone entende que a valorização recente decorreu mais de estímulos monetários do que de fundamentos sólidos.

“O próximo movimento tende a ser uma forte reversão à média”, afirmou McGlone em publicação recente citada pela Bloomberg.

Por que exatamente US$ 10 mil?

De acordo com o estrategista, esse patamar representa um “retorno à normalidade”, na visão dele, o mercado inflou artificialmente durante o ciclo de estímulos globais. Além disso, McGlone argumenta que o setor cripto, como um todo, sofre com excesso de oferta, novos tokens surgem constantemente, diluindo o capital disponível no mercado.

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Escassez em xeque e mudança de discurso

McGlone também questiona a narrativa do Bitcoin como “ouro digital”, segundo ele, o ouro é escasso por natureza física, ao contrário do universo cripto, que seria infinito e inflacionário. Nesse contexto, ele cita apenas quatro reservas de valor físicas reais: ouro, prata, platina e paládio.

Portanto, o capital buscaria proteção fora do mercado cripto em um cenário adverso.

Curiosamente, McGlone foi um dos maiores defensores do Bitcoin no passado, durante anos, projetou o ativo acima de US$ 100 mil, especialmente no período de estímulos monetários.

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Entretanto, em 2025, ele abandonou essa tese, o analista destacou a divergência entre ouro em máximas históricas e um Bitcoin sem força relativa.

Impactos e possíveis consequências

Se o cenário se confirmar, o efeito no mercado seria profundo, mineradoras, ETFs e empresas expostas ao BTC enfrentariam forte pressão financeira. Além disso, o sentimento do investidor poderia se deteriorar rapidamente, historicamente, quedas dessa magnitude provocam longos períodos de lateralização.

Por outro lado, críticos da tese lembram que previsões extremas são comuns em finais de ciclo. Ainda assim, o alerta reforça a volatilidade estrutural do Bitcoin.

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Alerta ao investidor

A projeção de US$ 10 mil feita por Mike McGlone reacende o debate sobre ciclos, liquidez e valor real do Bitcoin, embora controversa, a análise destaca riscos macroeconômicos relevantes.

Portanto, o cenário exige cautela, gestão de risco e atenção redobrada dos investidores.

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Adepto do DeFi e convertido à descentralização, deixei o sistema financeiro tradicional para viver a revolução cripto de dentro. Respirando blockchain, escrevendo sobre o que move o futuro — longe dos bancos, perto da liberdade.
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