- Bitcoin reduz dificuldade e traz alívio temporário aos mineradores
- Hashrate cai com calor extremo e energia cara nos EUA
- Ajuste lembra impacto da proibição chinesa em 2021
A rede Bitcoin passou por um novo ajuste de dificuldade no fim de semana e surpreendeu o mercado. O indicador caiu 7,5%, marcando a maior redução desde julho de 2021, após a repressão chinesa à mineração.
Esse movimento já estava no radar de analistas. Porém, a combinação entre o pós-halving, o início do verão no hemisfério norte e o desligamento de máquinas justificou a queda no poder computacional.
Dificuldade recua após pressão energética e clima extremo
O ajuste ocorreu no bloco 903.168, com a dificuldade caindo de 126,41 para 116,96 trilhões. Porém, esse índice mede, de forma relativa, o quão difícil é minerar um novo bloco. A cada 2016 blocos, a rede ajusta esse parâmetro para manter a média de 10 minutos por bloco.
Nos Estados Unidos, mineradores reduziram suas operações, principalmente no Texas, por causa das ondas de calor. Operadoras de energia ofereceram créditos financeiros em troca da suspensão temporária da atividade, o que resultou na queda do hashrate de 902 para 838 EH/s.
Esse recuo no hashrate gerou um alívio pontual para quem manteve as máquinas ligadas. O ganho por terahash subiu para US$ 0,05 ao dia, mas analistas alertam que esse número pode recuar novamente com a normalização da atividade.
Histórico lembra queda provocada pela China em 2021
A última vez que a rede viu uma queda tão significativa foi em julho de 2021, quando a China proibiu a mineração por motivos ambientais e financeiros. Na época, o hashrate despencou mais de 50% e empurrou os mineradores para países como Cazaquistão, Rússia e EUA.
Hoje, o cenário se repete com nuances diferentes. O Bitcoin é negociado a US$ 107.621, com leve alta de 0,5% no dia e ganho semanal de 7%. Porém, o mercado agora se volta para eventos macroeconômicos, como o fórum do BCE em Sintra e o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed.