- Corporações detêm 6,7% do Bitcoin: 4,73% públicas e 2,03% privadas.
- ETFs possuem 7,3% da oferta, tornando-se os maiores detentores.
- Concentração preocupa liquidez, mas rede segue descentralizada.
O aumento da compra de Bitcoin por empresas está gerando debate sobre o futuro da descentralização da criptomoeda.
Atualmente, corporações e ETFs acumulam quase 7% do suprimento total, enquanto especialistas discutem impactos e possíveis riscos.
Crescimento corporativo no mercado de Bitcoin
Nos últimos anos, empresas e ETFs têm aumentado significativamente sua participação no Bitcoin. Segundo dados do bitbo.io, empresas públicas possuem 4,73% e privadas 2,03% do total de moedas. Além disso, ETFs de Bitcoin já acumulam 7,3% da oferta.
Alexander Laizet, diretor de estratégia de Bitcoin na Capital B, afirma:
“O que fazemos, na verdade, é descentralizar o Bitcoin. O mercado se beneficia da demanda que geramos.”
A expansão de serviços de custódia por bancos tem criado alternativas seguras para indivíduos e empresas, reduzindo dependência de poucos players.
Entretanto, alguns analistas destacam riscos de concentração. Nicolai Sondergaard, da Nansen, comenta:
“O fato de a custódia se tornar mais centralizada não muda as propriedades fundamentais do Bitcoin, mas grandes players podem influenciar liquidez e comportamento do mercado.”
Impactos e preocupações sobre centralização
O crescimento corporativo no mercado de Bitcoin levanta preocupações históricas. O analista Willy Woo compara o movimento à nacionalização do ouro em 1971:
“Se o dólar enfraquece e a China entra no jogo, há risco de centralização em torno do Bitcoin digital.”
Além disso, o aumento da adoção institucional cria pontos de vulnerabilidade concentrada. Por outro lado, o mercado ainda mantém ampla distribuição econômica entre investidores, evitando um controle absoluto por uma única entidade.
Investidores e reguladores observam que, embora não seja uma ameaça imediata, o cenário exige atenção sobre como grandes holdings corporativas podem afetar liquidez, volatilidade e governança da rede.
Atenção à centralização corporativa
O crescimento da participação corporativa no Bitcoin mostra a força institucional da criptomoeda, mas reforça a necessidade de monitoramento sobre centralização e influência de grandes detentores.
A rede permanece descentralizada, mas o mercado se transforma, exigindo atenção estratégica de investidores e reguladores.
