- Bitcoin perde suporte e mercado cripto mostra sinais de exaustão
- Altcoins seguem em queda com forte pressão de liquidez
- Analistas alertam para risco de resfriamento mais profundo
O mercado de criptomoedas encerra a semana em forte queda. O movimento acompanha a pressão sobre o Bitcoin (BTC), que perdeu o suporte dos US$ 110 mil nesta sexta-feira (26). No mesmo cenário, o Ethereum (ETH) caiu abaixo de US$ 4 mil, enquanto várias altcoins de grande capitalização registraram perdas expressivas.
Os analistas destacam que o BTC mostra sinais claros de exaustão, após a recuperação curta que seguiu a última reunião do Federal Reserve. O preço atual de US$ 109.285 representa queda de quase 1% no dia. O ETH, por sua vez, manteve leve estabilidade, mas acumula perdas na semana.
Altcoins seguem trajetória negativa
Entre os principais ativos, o BNB liderou as quedas, recuando 5% para US$ 942, depois de ter atingido uma máxima histórica no início da semana. A Solana (SOL) recuou 2,31%, cotada a US$ 196, acumulando queda semanal superior a 18%. Já o XRP caiu 3,2%, sendo negociado a US$ 2,73.
Enquanto isso, poucas criptomoedas escaparam da pressão. O TRON (TRX) registrou ganho modesto de 1%, cotado a US$ 0,335. O destaque positivo foi o XPL da Plasma, lançado junto ao beta de sua mainnet, que saltou 65% em 24 horas e superou US$ 1,20.
No entanto, perdas relevantes marcaram o dia. O token Story (IP) estendeu a liquidação e caiu mais 10%, depois de forte queda no dia anterior.
Analistas alertam para resfriamento maior
Relatório da Glassnode apontou que o nível de US$ 111 mil representa ponto-chave para os detentores de curto prazo. Abaixo desse patamar, o risco de um resfriamento mais profundo aumenta consideravelmente.
Os detentores de longo prazo já realizaram lucros em mais de 3,4 milhões de BTC, sinalizando maturidade no rali, mas também distribuição intensa. Essa pressão, somada às saídas de ETFs de Bitcoin e Ethereum, elevou a fragilidade do mercado.
Somente nas últimas 24 horas, US$ 869 milhões em posições alavancadas foram liquidados. O ETH liderou as perdas com US$ 280 milhões, seguido pelo BTC com US$ 223 milhões.
As condições macroeconômicas também influenciaram. Dados do PCE dos EUA, divulgados hoje, mostraram inflação de 2,9%, em linha com as expectativas, mas reforçaram um cenário de liquidez mais apertada. O dólar ganhou força e o índice DXY subiu, aumentando a pressão sobre os ativos digitais.
Ainda mais, em meio a esse quadro, especialistas avaliam que o mercado precisa de novo fôlego institucional. Sem isso, o Bitcoin pode aprofundar as quedas e prolongar a fase de correção.