- Saylor prevê Bitcoin a US$ 150 mil até dezembro
- Strategy mantém maior tesouro corporativo de Bitcoin do mundo
- Volatilidade cai e mercado cripto entra em fase madura
A recente queda do Bitcoin, após atingir a máxima histórica de US$ 126 mil, não abalou o otimismo de Michael Saylor, cofundador e presidente executivo da Strategy. Mesmo com a correção do mercado, ele continua convicto de que o preço do ativo atingirá US$ 150 mil até o fim do ano.
Durante entrevista à CNBC, na conferência Money 20/20, em Las Vegas, Saylor destacou que o Bitcoin se encontra em uma nova fase, mais madura e menos volátil. Além disso, a estrutura do mercado agora é mais sólida, o que dá mais segurança aos investidores e reduz oscilações bruscas.
“Acho que o Bitcoin vai continuar a subir gradualmente. A volatilidade está diminuindo e o setor está cada vez mais estruturado”, afirmou o executivo.
A estratégia de longo prazo de Saylor
Para o bilionário, o Bitcoin consolidou seu papel como reserva de valor digital, e essa transformação ainda está no começo. Porém, ele explicou que a combinação de derivativos e instrumentos de proteção financeira tem ajudado a estabilizar o preço do ativo.
“Nossa expectativa é que, no fim do ano, o preço chegue perto de US$ 150 mil”, reforçou.
Nos últimos doze meses, o Bitcoin valorizou 54%, mantendo-se acima dos US$ 100 mil e sendo negociado em torno de US$ 110 mil. Para Saylor, essa trajetória é apenas o início. Além disso, ele acredita que o preço poderá alcançar US$ 1 milhão por unidade nos próximos quatro a oito anos e, no longo prazo, atingir US$ 20 milhões, caso o ritmo de crescimento anual de 30% se mantenha.
A força da Strategy no mercado de criptoativos
A Strategy, sediada na Virgínia, possui hoje mais de US$ 71 bilhões em Bitcoin, o maior tesouro corporativo do mundo em ativos digitais. Além disso, essa política agressiva de compras contínuas é resumida pelo próprio Saylor como “comprar no topo para sempre”, independentemente do preço.
O executivo considera que o último ano foi o mais importante da história das criptomoedas. Ele citou o reconhecimento do Bitcoin como ouro digital pela Casa Branca, o apoio da SEC às ações tokenizadas e a aceitação das stablecoins pelo Tesouro americano como marcos regulatórios que consolidam o ativo no sistema financeiro global.
Na visão de Saylor, o futuro pertence às empresas que enxergam o Bitcoin como um ativo estratégico.
“Não entendo por que uma companhia inovadora deixaria de ter Bitcoin em seu balanço”, concluiu.
Ainda mais, a crença de Michael Saylor resume o momento do mercado, menos especulação, mais estrutura e uma aposta firme de que o Bitcoin ainda está longe do seu limite.
