- Bitcoin pode cair: Analista alerta para possível queda a US$ 90K.
- Mercado incerto: Baixa volatilidade e hesitação dos investidores persistem.
- Possível recuperação: Rompendo US$ 100K, BTC pode testar US$ 106K.
O Bitcoin (BTC) pode estar caminhando para uma queda significativa, podendo atingir a marca de US$ 90.000, segundo a análise do especialista Manish Chhetri. Após romper o suporte de US$ 100.000 no dia 4 de fevereiro, a criptomoeda tem se mantido em uma faixa de consolidação entre US$ 94.000 e US$ 100.000. Contudo, o cenário atual aponta para uma possível retração ainda mais acentuada.
“A volatilidade do Bitcoin está em níveis historicamente baixos, e o mercado permanece sem uma direção clara”, explicou Chhetri. O analista destaca que as incertezas macroeconômicas e as tensões geopolíticas têm pesado no sentimento do mercado, dificultando uma recuperação expressiva do ativo.
A análise de Chhetri se baseia em diversos fatores técnicos. O Índice de Fluxo Intercambial (IFP) do Bitcoin, um indicador fundamental para medir o sentimento do mercado, apresentou uma virada negativa no último sábado. Isso não acontecia desde junho de 2024. “Isso sugere uma possível redução no apetite por risco entre os investidores, podendo levar a uma correção no preço”, afirmou.
Além disso, as perdas realizadas aumentaram significativamente nas recentes tentativas de reteste do suporte da criptomoeda. Assim, refletindo eventos de capitulação semelhantes aos já observados em ciclos anteriores do mercado. O Índice de Força Relativa (RSI), que atualmente se encontra em 41, também reforça a tendência baixista, uma vez que foi rejeitado na zona neutra de 50 na semana passada.
Bitcoin pode acentuar queda
“Se o Bitcoin romper o suporte dos US$ 94.000 e fechar abaixo desse patamar, a tendência é de que o ativo continue sua queda até a zona psicológica dos US$ 90.000”, alertou o analista. O indicador MACD também apresenta um cruzamento baixista e histogramas vermelhos, sugerindo que a pressão vendedora pode se intensificar nos próximos dias.

Outro fator que contribui para a falta de movimentação expressiva no preço do Bitcoin é a hesitação dos investidores institucionais no mercado de opções. De acordo com Chhetri, a volatilidade implícita do Bitcoin continua a cair, refletindo a incerteza dos investidores em relação às futuras regulamentações para os criptoativos. “O mercado está aguardando mudanças concretas nas políticas governamentais em vez de meros discursos pró-cripto”, observou.
Mesmo diante de incertezas econômicas globais, como tarifas comerciais, teto da dívida e inflação nos Estados Unidos, o índice de volatilidade do Bitcoin e o VIX da Bolsa de Chicago continuam em patamares baixos. Isso sugere que os traders estão preferindo operações de curto prazo, como venda de volatilidade ou negociações dentro da faixa de preço atual, ao invés de se posicionarem para um grande rompimento.
Apesar do cenário baixista, o BTC ainda tem chances de reverter a tendência de queda. “Se o ativo recuperar força e romper a resistência de US$ 100.000, pode testar novamente o topo de US$ 106.012, registrado em 31 de janeiro”, apontou Chhetri.
No entanto, a indecisão do mercado e a forte correlação do Bitcoin com o cenário macroeconômico indicam que a criptomoeda ainda não encontrou um direcionamento claro. Os investidores devem acompanhar de perto a movimentação do preço e os fatores externos que podem impactar o ativo nos próximos dias.