- Trump Media amplia aposta em Bitcoin apesar do prejuízo bilionário.
- Estratégia cripto inclui Bitcoin e US$ 1 bilhão em Cronos.
- Ações caem 61% no ano, mas empresa mantém otimismo.
Os primeiros resultados da Trump Media and Technology Group (TMTG) desde as compras de Bitcoin mostram uma estratégia ousada, mas financeiramente desafiadora. A empresa arrecadou US$ 1,3 bilhão e já planeja ampliar as aquisições em criptomoedas, mesmo com um prejuízo líquido de US$ 54,8 milhões no terceiro trimestre.
Os números anunciam um contraste com o entusiasmo em torno das suas reservas digitais. A companhia ligada a Donald Trump, responsável pela Truth Social, viu o prejuízo crescer em relação aos US$ 19,3 milhões do mesmo período do ano passado, enquanto a receita caiu para US$ 972,9 mil.
As ações da TMTG (DJT) fecharam o pregão de sexta-feira em queda de 1,73%, a US$ 13,10, recuperando levemente para US$ 13,20 após o fechamento.
Bitcoin domina a nova estratégia financeira da TMTG
A empresa informou possuir 11.542 Bitcoins em 30 de setembro, ativos adquiridos desde julho como parte de uma política de diversificação. O relatório ainda indica que a TMTG cogita comprar outras criptomoedas semelhantes.
A aposta digital já trouxe resultados expressivos. A empresa registrou US$ 15,3 milhões em receitas com opções de Bitcoin e ganhos não realizados de US$ 33 milhões em Cronos (CRO), o token nativo da blockchain Cronos, que estava cotado a US$ 0.1327 no fim de setembro.
O CEO Devin Nunes ressaltou que o terceiro trimestre foi “crucial para os planos de expansão” e que a empresa “garantiu seu futuro financeiro com uma enorme reserva de Bitcoin”. Em julho, após captar US$ 2,5 bilhões, a TMTG revelou uma estratégia agressiva de investimentos voltada ao mercado cripto.
Parcerias e riscos no horizonte
Em agosto, a TMTG uniu-se à Crypto.com e Yorkville para lançar a Trump Media CRO Strategy, focada em ativos digitais. O plano prevê comprar até US$ 1 bilhão em CRO, equivalente a 6,3 trilhões de tokens.
Os ativos financeiros da TMTG cresceram de US$ 274 milhões em março para US$ 3,1 bilhões em setembro. No entanto, as ações acumulam queda de 61% no ano, refletindo a preocupação dos investidores com a sustentabilidade da estratégia.
Mesmo assim, Nunes afirmou que o grupo está “bem posicionado para avançar em fusões e aquisições“, apostando que o portfólio digital trará valor aos acionistas a longo prazo.
