- Pressão de venda pode empurrar o Bitcoin perigosamente perto de US$ 80 mil
- URPD revela zona fraca que ameaça suportes essenciais do BTC
- Recuperação depende de retomada rápida acima de US$ 90.300
O Bitcoin voltou a testar limites perigosos e reacendeu o alerta entre os investidores. O preço caiu para menos de US$ 90.300 e agora oscila perto de US$ 91 mil, depois de uma queda forte que ampliou as perdas mensais para 16%. O clima continua tenso porque o mercado encara dois cenários bem distintos: recuperação rápida ou mergulho ainda mais profundo.
A queda atual revela mudanças importantes na dinâmica do mercado. Antes, o recuo do Bitcoin era impulsionado por liquidações longas. Hoje essa pressão diminuiu. Só na Binance, as liquidações longas de BTC/USDT somam US$ 558 milhões, enquanto os shorts passam de US$ 3,56 bilhões. Essa diferença mostra que a alavancagem do lado comprador já desapareceu. Como resultado, o preço caiu por vendas reais, e não por força mecânica.
Os dados das exchanges reforçam essa leitura. Entre 13 e 18 de novembro, as reservas de BTC subiram de 2.380.595 para 2.396.519 BTC, um ganho de 15.924 BTC, equivalentes a US$ 1,43 bilhão nos preços atuais. Esse ingresso marca o maior movimento em semanas e indica que investidores estão levando moedas para vender ou se preparar para vender.
Pressão de venda muda e expõe fraquezas de suporte
Essa virada é relevante porque quedas geradas por vendas à vista costumam ser mais persistentes. O gráfico mostra exatamente isso, os preços continuam sob pressão mesmo com a redução da alavancagem. Para entender os riscos, é preciso olhar o URPD, o indicador que mostra onde cada grupo de investidores comprou suas moedas.
A faixa entre US$ 89.600 e US$ 79.500 tem suporte muito fraco. Poucas moedas mudaram de mãos nesse intervalo, o que reduz a disposição dos investidores em defender essa zona. Perder US$ 90.300 deixa o preço exposto a um corredor vazio que termina próximo dos US$ 80 mil.
Esse comportamento também aparece na estrutura de Fibonacci. O Bitcoin vem caindo dentro de um canal desde 6 de outubro. A linha inferior desse canal é fraca, e o preço se aproxima dela novamente. Porém, se romper, a extensão de Fibonacci aponta para US$ 79.600 como alvo imediato, justamente onde o URPD indica um grande vazio.
Últimos suportes antes do risco extremo
Os suportes entre US$ 82.000 e US$ 84.500 surgem como os últimos amortecedores antes dessa região crítica. Caso o Bitcoin siga fechando abaixo de US$ 90.300, esses pontos se tornam inevitáveis. E, se falharem, o mercado encara uma possível queda até a casa dos US$ 80 mil ou abaixo disso.
A reversão ainda existe, mas exige uma sequência clara. Primeiro, o Bitcoin precisa retomar US$ 90.300. Depois, romper US$ 96.800. Só então um salto acima de US$ 100.900 abriria espaço para um cenário realmente otimista. Até lá, o mercado segue em alerta máximo, porque o próximo grande movimento pode definir o rumo das próximas semanas.
