- Analista alerta: 2026 será o início do bear market do Bitcoin
- Liquidez global em queda pressiona o Bitcoin após topo histórico.
- Ciclo de quatro anos indica forte correção à frente.
O Bitcoin pode estar prestes a encerrar seu ciclo de alta, e o alerta vem de quem já antecipou momentos decisivos no mercado. O trader venezuelano Alberto Cárdenas, conhecido por suas análises precisas, acredita que 2026 será um ano de correção severa. Para ele, o ciclo de quatro anos do Bitcoin continua válido e está se aproximando do seu ponto máximo antes da virada.
Com o ativo lutando para se manter acima de US$ 100 mil, o especialista defende que o mercado está entrando em uma fase de transição. “Estamos próximos de um topo histórico, e o próximo ano tende a ser de baixa. É hora de se preparar para um 2026 difícil para o Bitcoin”, afirmou.
Segundo Cárdenas, a estrutura atual do mercado repete padrões anteriores, mas com uma diferença fundamental: a falta de liquidez global. Nos ciclos passados, as políticas de estímulo ajudavam a sustentar a euforia, mas agora a combinação de juros elevados, incertezas fiscais e políticas de tarifas nos Estados Unidos cria um ambiente de tensão.
Bitcoin com Liquidez reduzida
O analista explica que o movimento lateral do Bitcoin com viés de baixa reflete o enfraquecimento do fluxo de capital. A paralisação prolongada do governo norte-americano e as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump limitaram o acesso à liquidez global e deixaram os investidores cautelosos.
No entanto, Cárdenas acredita que uma eventual decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos revogando as tarifas poderia gerar um breve alívio. “Se o tribunal bloquear as tarifas, o dólar perderá força e ativos como Bitcoin e ouro devem subir temporariamente”, disse. Mesmo assim, ele reforça que seria um movimento de curto prazo, antes de uma correção mais ampla.
Para o trader, as altcoins não terão o mesmo desempenho de outros ciclos. Ele enxerga uma rotação de capital desigual, com altas isoladas em projetos específicos e fraqueza generalizada em tokens mais conhecidos como XRP. “As altseasons clássicas acabaram. O mercado está rotacionando internamente, sem base sólida em liquidez”, explicou.
Ciclo de quatro anos segue vivo e aponta correção em 2026
Cárdenas defende que o modelo de quatro anos do Bitcoin ainda funciona. Segundo ele, após cada halving, o mercado entra em uma fase de alta de três anos, seguida por um ano de ajuste. Esse padrão, observado desde 2012, continua evidente e indica que o topo atual precede o início de um novo bear market.
“O ciclo se desenrolou com precisão no passado. Agora estamos próximos de uma máxima histórica e, logo em seguida, virá a correção. Acredito que 2026 marcará o início de um novo mercado de baixa”, afirmou.
Mesmo com a previsão sombria, o analista não descarta uma última alta expressiva até novembro, caso o ambiente macroeconômico melhore. Ainda assim, ele aconselha prudência. “Quem lucrou neste ciclo deve considerar vender parte do portfólio agora e se proteger antes da virada.”
Perspectivas e o papel da tokenização
Apesar do tom cauteloso, Cárdenas vê potencial no avanço da tokenização de ativos reais, especialmente na América Latina. Ele cita o caso da Bolsa de Valores de Caracas, que iniciou cursos sobre o tema e pode ser pioneira em novos produtos financeiros digitais.
Para ele, a tokenização pode criar liquidez em setores ilíquidos, como o imobiliário e o agronegócio, e ajudar economias emergentes a atrair capital. No entanto, no curto prazo, o foco permanece no Bitcoin. “O mercado está amadurecendo, mas o ciclo é claro: quem não realizar lucros agora pode ver o valor despencar em 2026.”
