Adoção do Bitcoin como moeda global levaria o mundo ao colapso

Imagem: Dall-e
  • Adoção do Bitcoin globalmente causaria caos econômico e social irreversível.
  • Sistema financeiro colapsa sem controle estatal e crédito flexível.
  • Deflação e desigualdade explodiriam com suprimento fixo de moeda.

A ideia de substituir todas as moedas do mundo por uma única moeda digital e com suprimento fixo, como o Bitcoin, parece sedutora à primeira vista. Muitos acreditam que isso traria estabilidade, proteção contra a inflação e transparência. No entanto, uma análise mais profunda feita pelo ChatGPT e pelo DeepSeek revela um cenário catastrófico. Se o mundo realmente adotasse o Bitcoin como moeda global oficial, os efeitos seriam drásticos e, em muitas fases, irreversíveis.

No início dessa transição, os países mais frágeis economicamente seriam os primeiros a aderir. Regiões com moedas desvalorizadas ou alta inflação enxergariam no Bitcoin uma possível salvação. Porém, a valorização repentina da criptomoeda causaria uma disparada nos preços locais, enriquecendo quem já tinha reservas em BTC e empobrecendo o restante da população. A desigualdade aumentaria rapidamente, e os bancos centrais desses países perderiam completamente a capacidade de ação. A soberania monetária desapareceria.

Em pouco tempo, as nações mais desenvolvidas se veriam obrigadas a seguir a tendência. Com isso, o sistema financeiro atual começaria a ruir. Os governos não poderiam mais emitir títulos de dívida, pois não controlariam mais o próprio dinheiro. Sem dívida pública, os Estados perderiam sua principal fonte de financiamento. Os cortes em saúde, educação e segurança se tornariam inevitáveis. Bancos tradicionais também colapsariam, pois não teriam mais como criar crédito — o motor da economia moderna.

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Adoção do Bitcoin levaria ao caos

Logo após, viria a fase mais crítica: o choque deflacionário. Com o Bitcoin valorizando constantemente, as pessoas evitariam gastar ou investir, esperando que o dinheiro valha mais amanhã. Isso travaria o consumo, mataria a inovação e faria o desemprego disparar. Empresas produtivas quebrariam em massa, mesmo as saudáveis. A economia global entraria em recessão crônica. A crise social explodiria, com governos incapazes de oferecer qualquer suporte. A instabilidade política tomaria conta do planeta.

Após anos de colapso, uma nova ordem emergiria. Bancos descentralizados e contratos inteligentes surgiriam como alternativas para restaurar alguma flexibilidade. Mas o estrago já estaria feito. Os Estados se tornariam fracos e a desigualdade, permanente. Fiscalizar e tributar grandes fortunas seria quase impossível, gerando um sistema onde poucos mandam e muitos apenas sobrevivem.

Assim, a economia global depende hoje de ferramentas que o Bitcoin, por sua natureza, não pode oferecer. Sem elasticidade monetária, sem capacidade de endividamento e com incentivos perversos à concentração de riqueza, o BTC funcionaria como uma armadilha para o sistema atual. A adoção global dessa moeda, sem uma reestruturação profunda e coordenada das instituições, não traria equilíbrio — traria caos.

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Portanto, longe de representar estabilidade, transformar o Bitcoin na moeda global levaria o mundo a um colapso econômico, social e político sem precedentes. A promessa de liberdade e neutralidade acabaria em desemprego, falências e revoltas. Um preço alto demais para qualquer sistema financeiro pagar.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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