Binance pede à Justiça que rejeite processo de US$ 1,76 bilhão movido pela FTX

Binance anuncia mudanças radicais na listagem e remoção de tokens
  • Binance contesta ação de recuperação judicial de US$ 1,76 bilhão movida pela FTX
  • Exchange alega falta de jurisdição e argumentos infundados
  • Defesa afirma que a plataforma tenta transferir responsabilidade da fraude para Binance e CZ

A Binance, maior corretora de criptomoedas centralizada do mundo, apresentou um pedido de rejeição da ação movida pela massa falida da FTX, que busca recuperar US$ 1,76 bilhão. No documento protocolado em um tribunal de Delaware, os advogados da Binance argumentam que não há jurisdição sobre a empresa. Além disso, disseram que os argumentos apresentados no processo são infundados.

De acordo com os autos, os representantes da FTX alegam que a Binance e seu cofundador, Changpeng Zhao (CZ), arquitetaram um esquema para prejudicar a FTX. A defesa da Binance afirma que a ação tenta desviar o foco da responsabilidade do colapso da exchange, que seria integralmente de Sam Bankman-Fried. SBF, fundador da FTX, recebeu uma condenação de 25 anos de prisão por fraude e outros crimes financeiros nos Estados Unidos.

O processo judicial aberto pela FTX busca reverter uma transação de 2021, quando a empresa recomprou uma participação acionária de 20% detida pela Binance desde 2019. O pagamento ocorreu por meio de uma cesta de criptomoedas, incluindo BNB, BUSD e FTT. A massa falida da FTX alega que a empresa já estava insolvente no momento do acordo. Ou seja, fundos utilizados teriam sido desviados de clientes.

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Binance x FTX

Além disso, o processo cita uma publicação feita por CZ na rede X (antigo Twitter) em novembro de 2022. Na ocasião, ele anunciou a intenção da Binance de liquidar seus tokens FTT. O conteúdo da publicação, segundo os administradores judiciais, teria acelerado as retiradas em massa da FTX e agravado sua crise de liquidez.

Em sua defesa, a Binance afirma que a FTX continuou operando por mais de 16 meses após a recompra das ações, e que não há provas de que os tweets de CZ fossem falsos. A corretora contesta ainda a alegação de jurisdição, destacando que sua sede está fora dos Estados Unidos e que Zhao não participou diretamente da transação contestada.

O caso se insere nos esforços da massa falida da FTX para restituir valores aos credores, cujas dívidas somam mais de US$ 11 bilhões. A expectativa é que os primeiros pagamentos do processo de falência comecem em 30 de maio.

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Clara Ventura é uma jornalista com quatro anos de experiência em cobertura de Bitcoin, criptomoedas, tecnologia blockchain e Web3. Graduada em Jornalismo e com pós-graduação em Jornalismo Digital, Clara combina sua paixão pelo mundo das criptomoedas com habilidades jornalísticas para produzir reportagens relevantes para um público amplo e diversificado.
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