Os últimos dois anos mostraram um maior interesse por parte dos políticos em usarem de alguma forma a tecnologia blockchain e os ativos criptográficos em geral, deixando um pouco de lado a visão penas de forte regulamentação do mercado criptográfico.
Não apenas pela tecnologia inovadora, os países menos desenvolvidos estão percebendo que a forte regulamentação é um empecilho para empresas do setor se estabelecerem nos países de economia forte, e assim, estão querendo desenvolver o mercado criptográfico de forma mais livre para trazerem investimentos e gerarem mais empregos.
A situação caótica da perda do valor das moedas FIAT principalmente nos países pobres está fazendo com que os políticos abram os olhos para os criptoativos
Adewole Adebayo, candidato nomeado pelo Partido Social Democrata para concorrer à presidência da Nigéria, prometeu usar a tecnologia blockchain e os ativos digitais para reduzir a taxa de desemprego no país.
O parlamentar prometeu criar entre 10 a 30 milhões de empregos desenvolvendo o mercado cripto de forma mais ampla na Nigéria.
A taxa de desemprego no país é preocupante, e há uma década a Nigéria apresenta dados de crescimento do desemprego.
Adebayo disse que a introdução das novas tecnologias digitais ajudará a reduzir a taxa de desemprego, e que se for eleito vai unir forças com as mais de 2.000 empresas cripto do país.
Os criptoativos na Nigéria são bastante utilizados pela população em geral, e o mercado criptográfico possui apoio da Câmara de Comércio Nacional Negra (NBCC).
De acordo com um levantamento realizado este ano pela exchange Kucoin, cerca de 35% dos nigerianos com idade entre 18 a 60 anos utilizavam criptoativos para pagamentos e/ou como investimentos.
Outro ponto é a alta inflação no país, que apenas este ano já passou dos 20% e tem desvalorizado com isso a naira nigeriana, moeda FIAT do país.
Os dados sobre países subdesenvolvidos têm mostrado um grande aumento do uso de criptoativos como proteção contra inflação, principalmente no uso de stablecoins, tanto na América Latina quanto na África.
Na Nigéria, os reguladores estão buscando flexibilizar as leis sobre criptoativos.
A Comissão de Valores Mobiliários da Nigéria (SEC) disse recentemente que as proibições e regulamentação pesada sobre o mercado criptográfico apenas fazem com que se desenvolva um mercado paralelo de ativos digitais.
E no mês passado a Blockchain Association of Nigeria (SiBAN) fez solicitações ao banco central do país para que reconsiderasse sua postura contra os criptoativos, principalmente permitindo que os bancos comerciais realizassem transações com ativos digitais.