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Circle emite nota com atualizações do caso USDC e Silicon Valley Bank

Por Jorge Siufi
Foto: Circle

A empresa Circle está com fundos retidos no Silicon Valley Bank (SVB), uma importante empresa financeira norte-americana com mais de US$ 200 bilhões em investimentos.

Até onde se tem informação, a Circle é a empresa com maior valor retido dentro do banco, com cerca de US$ 3,3 bilhões; seguida da empresa de streaming de vídeos, Roku, com cerca de US$ 487 milhões; e a BlockFi, com cerca de US$ 227 milhões.

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Devido ao problema a stablecoin USDC chegou a perder seu peg em cerca de 18%, mas retornou em seguida e neste momento opera com perda de 4%.

Para acalmar o mercado a Circle anunciou que está fornecendo 10% do total de reservas do USDC para todos os detentores de todas as cadeias.

E agora emitiu nota de atualização do caso USDC e Silicon Valley Bank.

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O problema

Em um documento postado no blog da Circle, compartilhada no Twitter pelo CEO da empresa, Jeremy Allaire, a empresa trouxe uma atualização da problemática com o SVB.

A Circle disse que ‘este é um momento de grande incerteza para a economia do USDC’, e por isso estão ‘comprometidos com uma comunicação clara e transparente’.

Na próxima segunda-feira (13) a Circle vai retomar as operações de liquidez do USDC quando os bancos abrirem nos EUA, e que como o USDC é um token de pagamento regulamentado, permanecerá resgatável 1 para 1 com o dólar americano.

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A empresa explicou que devido a uma ‘corrida aos bancos’ o banco não teve liquidez suficiente para atender os clientes e vendeu ativos de longa duração para atender à demanda de resgate.

O período de liquidação desses ativos causou uma crise de liquidez de curto prazo no banco, que agora estã nas mãos do Departamento de Proteção Financeira da Califórnia (FDIC).

Os fundos de reserva da USDC

De acordo com a Circle, o USDC está atualmente garantido em 77% (cerca de US$ 32,4 bilhões) em títulos do Tesouro dos EUA. O período de vencimento destes títulos será em três meses.

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As reservas em Letras do Tesouro dos EUA são custodiadas pelo BNY Mellon, e a liquidez ativa e gestão de ativos é administrada pela BlackRock.

Os outros 23% (cerca de US$ 9,7 bilhões) está dinheiro mantido em várias instituições financeiras, das quais o SVB é apenas uma delas.

Deste montante, na semana passada a Circle depositou US$ 5,4 bilhões no BNY Mellon como medida para a redução de riscos bancários.

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Outra boa parte das reservas em dinheiro são os US$ 3,3 bilhões que se encontram depositados no SVB.

Na quinta-feira (09) a Circle começou a retirar os fundos do SVB, mas o banco não processou parte das transações e no dia seguinte o FDIC assumiu a gestão dos depósitos do SVB.

Os bancos Signature Bank e Customers Bank detém os outros aproximados US$ 1 bilhão das reservas do USDC.

A Circle disse que não possui mais fundos de reserva do banco Silvergate, pois transferiram ‘as reservas limitadas para dar suporte à liquidação de transações com o USDC antes do fechamento do banco’.

O que espera a Circle

A Circle disse em comunicado que está confiante de que o FDIC vai resolver a situação e que estão ‘prontos’ para receber os valores em depósito.

Há de fato uma certa expectativa no mercado de que o os EUA vão ajudar o banco, uma vez que há grandes empresas investidoras com valores retidos, o que poderá trazer outros problemas a estas empresas.

‘Temos motivos para acreditar que, de acordo com a política FDIC aplicável, as transferências iniciadas antes de um banco entrar em concordata teriam sido processadas normalmente’, disse a empresa.

Para a Circle, ‘o FDIC deve permitir que as transações sejam liquidadas no curso normal até o final do ciclo de processamento diário padrão de um banco’.

‘Entendemos que o FDIC está atualmente determinando o status das transações iniciadas antes dos horários de corte de liquidação aplicáveis ​​e é possível que as transferências iniciadas na quinta-feira sejam processadas na segunda-feira’, completou.

Esta é a maior esperança da Circle, que espera que isso ocorra ou já sabe que ficará com valores em dinheiro de reserva do lastro do USDC retidos por muito tempo.

Caso o banco não devolva integralmente os valores à Circle, a empresa informou que vai apoiar o USDC e cobrirá ‘qualquer déficit usando recursos corporativos, envolvendo capital externo, se necessário’.

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Redator da Revista Bitnotícias
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