Corrida das stablecoins: por que Coreia do Sul e Japão disputam para dominar 2026

Corrida das stablecoins por que Coreia do Sul e Japão disputam para dominar 2026
  • Japão avança com stablecoins e atrai grandes bancos para 2026
  • Coreia do Sul aposta no varejo e busca adoção global rápida
  • Disputa asiática promete transformar o mercado de stablecoins em 2026

A Coreia do Sul e o Japão aceleram seus passos no mercado global de stablecoins, hoje dominado pelos EUA e avaliado em cerca de US$ 255 bilhões. Ambos veem 2026 como um ano decisivo e, por isso, trabalham para ocupar espaço em um setor que cresce rápido e pressiona bancos centrais e reguladores.

Apesar de avançarem em ritmos diferentes, os dois países asiáticos querem reduzir a distância em relação aos gigantes americanos. Especialistas afirmam que o Japão pode liderar essa transformação antes, já que o país criou uma base regulatória sólida e atrai grandes instituições financeiras para projetos de tokens lastreados em ienes.

Japão aposta em estrutura regulatória e grandes bancos

O Japão prepara um salto expressivo. Analistas afirmam que a emissão de stablecoins em ienes poderá crescer cinco vezes até o fim de 2026, com forte adesão após o lançamento de seus primeiros tokens autorizados. Esse movimento surgiu após a FSA aprovar um projeto piloto que envolve Mitsubishi UFJ, Sumitomo Mitsui e Mizuho, três dos maiores bancos do país.

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Esse avanço indica um novo momento. Líderes do setor afirmam que as stablecoins melhoram o comércio, ampliam a eficiência e conectam o Japão com outros mercados globais. Além disso, a recente estreia da stablecoin JPYC, emitida em território japonês, reforça a percepção de que o país deseja transformar esses ativos em ferramentas de integração financeira.

Mesmo assim, analistas alertam que a adoção será lenta. O governo japonês ainda privilegia usos institucionais, como liquidação bancária e pagamentos corporativos, antes de liberar a expansão para o varejo. Essa abordagem conservadora pode segurar parte do crescimento em 2025.

Coreia do Sul mira o varejo e aposta em adoção popular

A Coreia do Sul segue o caminho oposto. Ali, discussões sobre stablecoins ganham tons mais populares, sempre ligadas ao consumo digital e ao mercado global de K-pop. Empresas como Kakao e Naver estudam emitir tokens que permitiriam compras de ingressos e produtos por fãs do mundo inteiro.

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O governo acelerou projetos de lei que derrubam a proibição de 2018, enquanto bancos se preparam para lançar suas primeiras stablecoins assim que o marco legal avançar. No entanto, o Banco da Coreia tenta frear o entusiasmo, levantando alertas sobre riscos financeiros e regulatórios. Essa disputa interna pode atrasar tanto a emissão quanto a adoção.

Mesmo com esse impasse, especialistas acreditam que o país terá dois ou três emissores dominantes quando o mercado amadurecer. Porém, eles reconhecem que o won dificilmente alcançará o apelo global do dólar, o que limita a chance de competir com USDT ou USDC fora do mercado doméstico.

Ainda assim, alguns executivos se mostram mais otimistas. Eles afirmam que 2026 pode trazer as primeiras versões sul-coreanas e japonesas capazes de rivalizar com os modelos americanos, ainda que com características diferentes. As novas stablecoins asiáticas deverão ser altamente reguladas, supervisionadas e muito próximas de “dinheiro bancário digital”.

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No fim, especialistas reforçam que tudo dependerá da integração dessas moedas com sistemas financeiros reais. Sem liquidez profunda, reservas transparentes e uso fácil, o crescimento pode ocorrer sem gerar adoção significativa.

A disputa entre Japão e Coreia do Sul, portanto, segue aberta. E, diante da pressão tecnológica e do avanço americano, ambos tratam 2026 como um ano decisivo para não ficarem ainda mais atrás.

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Entusiasta de criptomoedas e tecnologia, comecei minha jornada com consoles no Nintendo 64. Sempre explorando novos gadgets e tecnologias inovadoras. Nos momentos livres, meu maior hobby é jogar futebol.
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