Criptomoedas vão dominar 10% do sistema financeiro global até 2030, prevê CitiBank

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  • CitiBank prevê criptomoedas dominando 10% do sistema financeiro global até 2030.
  • Relatório destaca stablecoins bancárias e fundos tokenizados como motores de adoção.
  • Obstáculos regulatórios ainda limitam avanço, mas tendência global é irreversível.

O CitiBank publicou um relatório intitulado Evolução dos Serviços de Valores 2025, no qual projeta que as criptomoedas e os ativos digitais tokenizados representarão 10% do mercado financeiro mundial até 2030. A pesquisa reuniu opiniões de 537 participantes do mercado, incluindo bancos, custodiante e representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O estudo afirma que, após mais de uma década de testes, o setor entrou em uma fase prática de adoção. Casos de uso como tokenização de colaterais, fundos e mercados privados já oferecem benefícios concretos, acelerando a transição para um modelo financeiro mais digital.

De acordo com o CitiBank, 85% dos entrevistados consideram as criptomoedas uma das cinco áreas de mudança mais relevantes para 2025. O grupo aparece ao lado de temas como redução no tempo de liquidação, automação da gestão de ativos e maior participação de acionistas.

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Para reforçar esse avanço, o relatório cita declarações de Jorgen Ouakine, chefe de ativos digitais do Euroclear. Ele destacou que o setor ganhou experiência, conhecimento e confiança nos últimos anos e agora precisa de colaboração entre grandes instituições para escalar.

O estudo também revela que as criptomoedas aumentam a liquidez e reduzem custos em processos de pós-negociação. Esse fator faz com que os ativos digitais sejam vistos como um motor de transformação, alinhado a objetivos de eficiência buscados pelos principais bancos globais.

Regiões e áreas de crescimento das criptomoedas

Imagem: CityBank

As projeções variam conforme o ambiente regulatório. A América do Norte deve liderar com 14% do volume tokenizado em 2030, apoiada por leis claras, como a Lei GENIUS, que regula stablecoins do dólar. Já a Europa deve chegar a 10%, enquanto a Ásia-Pacífico ficaria em 9%. Na América Latina, a estimativa é mais modesta, de apenas 2%, devido à lentidão regulatória e menor adoção institucional.

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Entre os ativos digitais, o CitiBank destaca três áreas de maior potencial: colaterais tokenizados, stablecoins emitidas por bancos e fundos tokenizados. Nos mercados privados, o estudo prevê que criptomoedas movimentem US$ 202 bilhões, cerca de 13,9% do volume total.

Outro ponto enfatizado é a utilização de stablecoins bancárias e fundos tokenizados para garantir maior mobilidade de capital em tempo real, especialmente em operações de colaterais e liquidações rápidas.

Apesar do otimismo, o relatório reconhece obstáculos importantes. A regulação fragmentada, a falta de profissionais especializados em blockchain e inteligência artificial e a dificuldade de integrar dados de diferentes sistemas financeiros ainda travam uma adoção mais ampla.

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Mesmo assim, o CitiBank aposta em uma convergência inevitável entre finanças tradicionais e finanças descentralizadas (DeFi). Para Kyle J. Baron, sócio do BCW Group, o futuro não será um substituto de um sistema por outro, mas sim uma fusão entre os dois modelos.

Com base nessas projeções, o banco conclui que os ativos digitais não apenas chegaram para ficar, mas também devem consolidar-se como parte central do sistema financeiro internacional.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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