Gigantes financeiros aceleram investimentos em startups de blockchain

Gigantes financeiros aceleram investimentos em startups de blockchain
  • Bancos lideram mega investimentos em startups de blockchain
  • Regulação clara impulsiona stablecoins e inovação financeira
  • Ativos tokenizados podem valer US$ 18 trilhões até 2033

Os maiores bancos do planeta estão acelerando seus investimentos em startups de blockchain, abrindo caminho para uma nova era das finanças globais. Um levantamento recente da Ripple, em parceria com o CB Insights e o Centro de Tecnologias Blockchain do Reino Unido, mostra que essas instituições deixaram de lado a cautela e passaram a liderar a transformação digital do setor financeiro.

De 2020 a 2024, os bancos participaram de 345 rodadas de financiamento voltadas a empresas blockchain, especialmente nos estágios iniciais. Citigroup e Goldman Sachs aparecem no topo, com 18 investimentos cada. Logo atrás, JPMorgan Chase e o japonês MUFG (Mitsubishi UFJ Financial Group) marcaram presença com 15 aportes.

Mega investimentos sinalizam prioridade

Os bancos não apenas financiaram rodadas menores, eles também participaram de 33 mega rodadas com valores superiores a US$ 100 milhões. Esses aportes reforçaram projetos de tokenização, custódia, infraestrutura de negociação e pagamentos digitais.

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Um exemplo de destaque é a brasileira CloudWalk, que arrecadou mais de US$ 750 milhões em duas rodadas, com apoio do Banco Itaú. Na Europa, a alemã Solaris recebeu mais de US$ 100 milhões do SBI Group antes de ser adquirida.

Além disso, os Bancos Globais Sistemicamente Importantes (G-SIBs) responderam por 106 negócios, sendo 14 deles com cifras de nove dígitos. Isso demonstra que o interesse não está restrito a bancos médios ou regionais – os maiores nomes das finanças estão na linha de frente dessa transformação.

Regulação e stablecoins pavimentam o caminho

Grande parte desse entusiasmo pode ser atribuída à clareza regulatória. Nos Estados Unidos, a Lei GENIUS estabeleceu regras para stablecoins, enquanto na Europa, a regulação MiCA trouxe segurança jurídica para criptoativos no bloco.

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Com isso, as stablecoins ganharam protagonismo. Segundo o Citi, o volume mensal de transações pode ultrapassar US$ 700 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O dado reforça a tese de que bancos estão criando suas próprias versões de dinheiro digital estável, livres da volatilidade do mercado cripto.

A Ripple e o Boston Consulting Group estimam que os ativos tokenizados do mundo real devem ultrapassar US$ 18 trilhões até 2033, crescendo a um ritmo de 53% ao ano. Para os bancos, essa é uma oportunidade única: não apenas de lucrar, mas de redefinir a própria base da infraestrutura financeira global.

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Entusiasta de criptomoedas e tecnologia, comecei minha jornada com consoles no Nintendo 64. Sempre explorando novos gadgets e tecnologias inovadoras. Nos momentos livres, meu maior hobby é jogar futebol.
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