A polícia brasileira prendeu o CEO da empresa Mirror Trading International (MTI), acusado de organizar um esquema Ponzi na África do Sul.
A prisão
Johann Steynberg, CEO da empresa MTI, foi preso pela polícia brasileira no Estado de Goiás.
Na ocasião da prisão, Steynberg usava documentos e cartões de créditos falsos, e assim também vai responder agora por crimes no Brasil.
Steynberg estava na lista de procurados da Interpol, e a polícia militar brasileira investigava o caso com ajuda da Polícia Federal e de Órgãos internacionais.
A empresa MTI a qual Steynberg é o CEO está sendo acusada por Órgãos internacionais de praticar um esquema fraudulento no estilo de pirâmides financeiras, o esquema ponzi.
O esquema Ponzi
O esquema montado por Steynberg na África do Sul foi o maior com criptomoedas do ano em 2020.
Durante o esquema a empresa MTI recebeu cerca de US$ 589 milhões de dólares.
O MTI usava uma plataforma de jogos e apostas com criptomoedas, onde também cometia o crime de lavagem de dinheiro.
A empresa atraía as vítimas para o esquema oferecendo retornos diários constantes entre 0,5% e 1%.
A empresa prometia em casos mais extremos lucros de 500% por ano usando seu “software de negociação de câmbio estrangeiro alimentado por inteligência artificial.
Depois de começar a travar saques de clientes a empresa foi acusada de esquema Ponzi pela Autoridade de Conduta do Setor Financeiro (FSCA) da África do Sul.
Em certo momento a polícia chegou a invadir a casa de executivos da empresa, mas nesta altura Steynberg já havia fugido do país.
Consigo levou as chaves das carteiras de ativos da empresa e bloqueou o acesso de funcionários às contas bancárias da empresa.
Desde então as investigações começaram a apontar que Steynberg havia fugido para o Brasil, o que era confirmado pelos próprios funcionários da empresa.
Steyenberg chegou a se comunicar com a polícia, alegando que havia deixado o país por segurança, e que iria cooperar com as autoridades.
Entretanto depois de não cumprir partes dos acordos acabou “sumindo do mapa”.
Atualmente os processos contra a empresa ainda estão em andamento, e os fundos dos clientes não foram devolvidos.
Os fundos da empresa que estão em Bancos da África do Sul estão bloqueados, mas como ainda há decisões Legais pendentes no processo, estes não podem ser apreendidos para ressarcimentos dos usuários do MTI.