Nubank desafia o sistema: stablecoins podem virar alternativa ao dinheiro tradicional no dia a dia

Nubank desafia o sistema: stablecoins podem virar alternativa ao dinheiro tradicional no dia a dia
  • Nubank vai integrar stablecoins a cartões de crédito em fase de testes.
  • Brasil concentra 90% da atividade cripto em stablecoins, segundo BC.
  • América Latina adota ativos digitais como proteção contra inflação e desvalorização.

O Nubank anunciou que vai iniciar testes para permitir pagamentos com stablecoins em seus cartões de crédito. Além disso, a novidade foi revelada pelo vice-chairman do banco, Roberto Campos Neto, durante o evento Meridian 2025.

Portanto, o movimento reforça a aceleração da adoção de stablecoins na América Latina, especialmente em países afetados pela inflação.

Nubank amplia atuação no mercado cripto

Fundado em 2013, o Nubank já soma mais de 100 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia. Desde então, a instituição começou a investir em cripto em 2022, quando destinou 1% de seus ativos em Bitcoin e lançou a negociação para clientes. Em 2025, além disso, expandiu a lista de ativos com Cardano (ADA), Cosmos (ATOM), Near Protocol (NEAR) e Algorand (ALGO).

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Durante sua fala, Campos Neto destacou a importância da blockchain para conectar ativos digitais ao sistema bancário. Ele também afirmou:

“As pessoas não estão comprando para transacionar, estão comprando como reserva de valor. Precisamos entender por que isso acontece.”

Entretanto, segundo ele, o grande desafio dos bancos será aceitar depósitos em forma tokenizada e usá-los para conceder crédito.

Stablecoins crescem em toda a região

O avanço das stablecoins no Brasil é expressivo: 90% da atividade cripto do país está ligada a esses ativos, segundo o presidente do Banco Central em fevereiro. Além disso, na Argentina, USDT e USDC responderam por 72% de todas as compras de criptomoedas em 2024, de acordo com relatório da Bitso.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Em países como Venezuela e Bolívia, as stablecoins já substituem moedas locais em salários e no comércio diário. Por exemplo, na Venezuela, 47% das transações de até US$ 10 mil em 2024 foram feitas em stablecoins, segundo dados da Chainalysis. Dessa forma, os ativos digitais ganham cada vez mais relevância como alternativa ao dinheiro tradicional.

Crédito e stablecoins: o novo caminho

A decisão do Nubank reflete uma tendência regional: a integração entre finanças tradicionais e ativos digitais. Assim, para milhões de usuários na América Latina, stablecoins representam uma alternativa viável diante da inflação e da instabilidade cambial.

Se os testes forem bem-sucedidos, o banco pode se tornar pioneiro em oferecer crédito atrelado a moedas digitais no continente. Além disso, essa iniciativa pode acelerar a transformação do mercado financeiro na região.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Compartilhe este artigo
Adepto do DeFi e convertido à descentralização, deixei o sistema financeiro tradicional para viver a revolução cripto de dentro. Respirando blockchain, escrevendo sobre o que move o futuro — longe dos bancos, perto da liberdade.
Sair da versão mobile