O fantasma das criptomoedas voltou: Você está preparado para o maior risco do mercado?

O fantasma das criptomoedas voltou Você está preparado para o maior risco do mercado
  • Liquidez concentrada ameaça estabilidade prometida pela descentralização cripto
  • Dependência da Binance amplia risco sistêmico em momentos críticos
  • Centralização silenciosa recria falhas que o setor tentou evitar

Durante anos, a indústria de criptomoedas afirmou que a descentralização reduziria o risco sistêmico e protegeria investidores contra choques amplos, falhas operacionais e crises concentradas.

Esse argumento sustentou a expansão do setor, influenciou decisões regulatórias e reforçou a ideia de que a liquidez distribuída tornaria o mercado naturalmente mais resiliente.

No entanto, dados recentes indicam uma mudança estrutural relevante. A atividade de negociação passou a se concentrar progressivamente em poucas plataformas centralizadas.

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Um estudo da empresa de análise Kaiko mostra que a liquidez deixou de circular entre dezenas de exchanges e passou a se ancorar em uma plataforma dominante.

Liquidez concentrada recria risco sistêmico silencioso

Atualmente, a Binance ocupa esse papel central. Segundo a Kaiko, o problema não é apenas o tamanho da exchange, mas a dependência crescente do mercado em relação a ela.

Quando a maior parte da liquidez flui por um único canal, pequenas interrupções ganham impacto desproporcional, afetando preços, liquidações e a confiança dos investidores.

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Lacunas no livro de ofertas, atrasos técnicos ou anomalias pontuais de preço tendem a se espalhar rapidamente pelos mercados on-chain e entre diferentes ativos.

Essa fragilidade se intensifica em momentos de alta volatilidade, quando investidores tentam ajustar posições simultaneamente e disputam liquidez em condições adversas.

Volatilidade, regulação e lições recentes do mercado

A Kaiko alerta que esses cenários elevam a probabilidade de oscilações exageradas e liquidações forçadas, mesmo quando o choque inicial é relativamente pequeno.

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Em outubro, esse risco ficou evidente. Cerca de US$ 19 bilhões em posições alavancadas foram liquidados, acompanhados por relatos de preços anormais.

Durante o episódio, alguns usuários enfrentaram dificuldades temporárias de acesso, reforçando como interrupções curtas podem gerar efeitos amplificados.

Embora a Binance tenha compensado traders depois, a Kaiko avalia o evento como ilustrativo de um problema estrutural, não como um caso isolado.

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O relatório também destaca incertezas legais e regulatórias ainda abertas. A Binance não opera sob uma estrutura regulatória unificada.

Na Europa, a exchange não possui autorização no regime MiCA, enquanto nos Estados Unidos já enfrentou medidas ligadas a falhas de conformidade.

Para a Kaiko, o risco não é uma ação imediata, mas a necessidade de precificar restrições repentinas ou mudanças operacionais inesperadas.

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O estudo resgata ainda o colapso da FTX em 2022, quando a falência drenou liquidez, congelou capital e afetou empresas sem relação direta.

A comparação não envolve balanços, mas a mecânica dos mercados, que se torna frágil quando depende de centros estratégicos únicos.

Atualmente, a Binance processa mais de US$ 15 bilhões diários no mercado à vista e mantém cerca de US$ 27 bilhões em posições abertas.

Essa escala confere influência direta sobre preços e estabilidade, transformando a concentração em um fator de risco sistêmico.

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Entusiasta de criptomoedas e tecnologia, comecei minha jornada com consoles no Nintendo 64. Sempre explorando novos gadgets e tecnologias inovadoras. Nos momentos livres, meu maior hobby é jogar futebol.
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