- Pressão cresce para votação urgente do mercado cripto no Senado
- Lummis exige avanço imediato e critica ritmo lento das negociações
- Divergências ameaçam adiar novamente a regulamentação das criptomoedas
Regulamentação do mercado de criptomoedas voltou a dominar Washington. A senadora Cynthia Lummis apertou o passo e pediu ao Comitê Bancário do Senado que leve o projeto da estrutura do mercado cripto para votação já na próxima semana, antes do recesso. Ela disse que o setor está cansado de esperar e que os senadores precisam agir sem mais atrasos.
Os trabalhos seguem a todo vapor. As equipes de ambos os partidos revisam o texto constantemente. As mudanças frequentes deixaram muitos assessores sobrecarregados, e Lummis admitiu que esse ritmo não pode continuar por muito tempo.
Negociações aceleram, mesmo com as equipes exaustas
A senadora afirmou que busca entregar uma versão preliminar ainda nesta semana. Ela quer distribuir o texto ao setor e aos legisladores e, em seguida, encaminhar o projeto para votação. Segundo Lummis, esse passo permitirá que os senadores proponham ajustes antes da ida ao plenário.
O projeto faz parte da lei de inovação financeira responsável, uma iniciativa que tenta definir regras claras para o mercado digital. O caminho não tem sido simples. A paralisação do governo e divergências sobre finanças descentralizadas atrasaram as negociações no outono. Mesmo assim, os dois partidos retomaram as conversas em dezembro.
A Câmara já aprovou, em julho, seu próprio texto. O Digital Asset Market Clarity Act de 2025 ficou parado no Senado desde então. O projeto dá à CFTC a supervisão primária das commodities digitais e mantém a SEC responsável pela emissão de tokens e pela captação de recursos.
Câmara e Senado divergem em pontos centrais
As versões da Câmara e do Senado apresentam diferenças relevantes. Enquanto a Câmara amplia o papel da CFTC, o Senado inclui o termo “ativos acessórios” para classificar tokens que não devem ser tratados como valores mobiliários. Porém, esses pontos ainda precisam de ajustes antes de qualquer avanço real.
Mesmo com algum otimismo na última semana, quando o senador Tim Scott mencionou a possibilidade de votação nos dias 17 ou 18, outros senadores demonstraram preocupação. Mark Warner afirmou que finalizar tudo antes do recesso será difícil. Porém, a Casa Branca ainda não enviou sua posição final sobre regras de quórum e ética.
A pressão só aumenta. O senador Thom Tillis alertou que, se o debate avançar até fevereiro, o projeto pode ficar travado pelo resto do ano por causa do ciclo eleitoral. Além disso, muitos temem repetir o atraso de outros projetos importantes, como o CLARITY Act, que seguem parados desde o fim da paralisação de 43 dias.
Enquanto isso, Lummis vem reforçando que o Senado precisa agir. Ela diz que o setor está inquieto e quer uma resposta clara de Washington. Para ela, deixar o tema para depois do recesso significaria perder mais um ano em um debate que já dura tempo demais.
