Telegram se recusa a compartilhar informações financeiras com a SEC

A plataforma de troca de mensagens, Telegram, está hesitando em entregar detalhes financeiros relacionados à sua oferta inicial de moedas (ICO) à Securities and Exchange Commission (SEC).

Em um processo realizado na última quinta-feira (2), o órgão regulador do mercado dos Estados Unidos solicitou uma ordem judicial que obrigaria a empresa a revelar seus registros bancários, mostrando como gastou os recursos captados nos últimos dois anos.

“O Autor move-se respeitosamente para obrigar os Réus a responder a perguntas e fornecer documentos sobre os valores, fontes e uso de recursos captados por investidores em conexão com a venda não registrada de valores mobiliários em questão neste caso”, declarou o processo apresentado pelo autor.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

“Os réus agora estão se recusando a divulgar os registros bancários sobre como gastaram os US $ 1,7 bilhão que levantaram dos investidores nos últimos dois anos e para responder a perguntas sobre a disposição dos fundos dos investidores”.

“Os registros bancários solicitados são altamente relevantes para as questões em disputa neste caso, incluindo quanto dinheiro a Telegram gastou e de que maneira, no desenvolvimento do TON Blockchain, o aplicativo Telegram Messenger a ser integrado ao TON Blockchain e outros aplicativos relacionados”, acrescentou a solicitação da SEC.

Uma das poucas ICOs que ultrapassaram a marca de um bilhão de dólares

O Telegram levantou US $ 1,7 bilhão em duas rodadas de venda de tokens no início de 2018 para o desenvolvimento de sua blockchain TON. Embora a empresa tenha impedido os investidores americanos de participarem da rodada, muitos compraram os tokens por meio de terceiros.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Em outubro passado, apenas cerca de um mês antes do lançamento da blockchain do Telegram, o órgão fiscalizador dos EUA levou a empresa ao tribunal alegando que os tokens Gram se enquadravam na categoria de valores mobiliários e a empresa não conseguiu registrá-lo no regulador.

Devido ao processo, a empresa também foi forçada a adiar o lançamento do blockchain.

Tags
Compartilhe este artigo
Sair da versão mobile