Coinbase quer ser banco? O plano surpreendente da gigante cripto

Coinbase quer ser banco? O plano surpreendente da gigante cripto
  • Exchange solicita à OCC uma National Trust Charter, licença usada por bancos nos EUA.
  • Aprovada, medida permitirá expandir serviços para pagamentos e produtos financeiros.
  • Empresa nega querer virar banco e diz buscar supervisão nacional para proteger usuários.

A Coinbase surpreendeu o mercado ao solicitar uma licença federal nos Estados Unidos, semelhante à usada por bancos tradicionais. A medida pode transformar sua atuação, ampliando serviços e aproximando ainda mais o universo cripto do sistema financeiro.

Entretanto, a empresa garante: não quer se tornar um banco, mas conquistar regras mais claras e proteção nacional para seus usuários.

Coinbase busca clareza regulatória, não status bancário

A Coinbase, maior corretora de criptomoedas dos EUA, solicitou ao Office of the Comptroller of the Currency (OCC) uma National Trust Charter (NTC) — licença normalmente concedida a instituições financeiras. Com isso, a aprovação permitirá ampliar operações além da custódia, abrindo espaço para pagamentos e novos serviços de confiança.

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Segundo a empresa, o pedido é um passo natural após anos de atuação sob regras estaduais. Paul Grewal, diretor jurídico da Coinbase, explicou que o objetivo é obter clareza e uniformidade regulatória em nível federal, reforçando a proteção dos usuários:

“Com o papel crescente das criptomoedas em nossas vidas, chegou a hora da clareza, consistência e oportunidade que uma licença federal proporciona”, afirmou Grewal.

Além disso, a companhia destacou que o novo enquadramento reforçará as proteções já existentes sob o Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS), garantindo que clientes de todo o país tenham os mesmos direitos e salvaguardas.

Setor cripto se aproxima do sistema bancário

O movimento da Coinbase reflete uma tendência crescente de integração entre empresas cripto e instituições tradicionais. Em 2025, Circle e Ripple também solicitaram licenças semelhantes, voltadas à emissão de stablecoins e infraestrutura de pagamentos.

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Esse avanço ocorre em meio a um ambiente regulatório mais aberto nos Estados Unidos, onde as autoridades demonstram disposição para incorporar serviços baseados em blockchain ao sistema financeiro tradicional. Dessa forma, o país se torna um dos principais polos globais de experimentação entre cripto e bancos.

Conflito com bancos tradicionais

Mesmo assim, a Coinbase nega qualquer intenção de se tornar um banco. A empresa reforça seu papel como defensora da liberdade financeira, por meio da iniciativa Stand With Crypto, que reage a tentativas de restringir o acesso dos usuários a stablecoins com rendimento.

Em agosto, associações bancárias alertaram reguladores sobre os riscos de permitir que instituições não seguradas emitam stablecoins, alegando possíveis lacunas regulatórias. Por outro lado, o CEO Brian Armstrong rebateu as críticas e acusou os bancos de hipocrisia:

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“A hipocrisia dos bancos volta a causar problemas para o cripto. Precisam de melhores produtos, não de outro resgate.”

O futuro das finanças digitais

O pedido da Coinbase representa um passo decisivo na integração entre o setor cripto e o sistema financeiro americano. Portanto, a licença federal pode abrir caminho para novos produtos, maior segurança e confiança institucional. Ao mesmo tempo, intensifica a disputa entre exchanges e grandes bancos, que competem pelo futuro das finanças digitais.

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Adepto do DeFi e convertido à descentralização, deixei o sistema financeiro tradicional para viver a revolução cripto de dentro. Respirando blockchain, escrevendo sobre o que move o futuro — longe dos bancos, perto da liberdade.
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