- JPMorgan emitirá JPM Coin na rede Base, layer 2 da Coinbase, para clientes institucionais.
- Token representa depósitos já existentes e permite transações rápidas na blockchain.
- CEO Jamie Dimon sinaliza abertura ao Bitcoin, marcando mudança de postura do banco.
O JPMorgan Chase anuncia a emissão de seu JPM Coin na blockchain Base, camada 2 da Coinbase.
O token, atrelado a depósitos já existentes no banco, permitirá transações instantâneas para clientes institucionais, acelerando a adoção de criptoativos no setor financeiro.
JPM Coin: como funciona e o contexto da emissão
O JPM Coin é um token lastreado em dinheiro real mantido pelo banco. Isso significa que cada unidade do token representa fundos já depositados pelos clientes.
O lançamento ocorrerá inicialmente para clientes institucionais, e, posteriormente, será expandido após aprovação regulatória. Além disso, Naveen Mallela, chefe da divisão blockchain Kinexys, afirmou à Bloomberg:
“Para clientes institucionais, produtos baseados em depósitos oferecem um argumento convincente e podem gerar rendimento.”
A blockchain Base, usada para emitir o JPM Coin, é uma rede pública construída sobre Ethereum, garantindo segurança e velocidade. Ela opera como layer 2 sobre a rede Optimism, acelerando transações, ao mesmo tempo em que mantém a confiabilidade do Ethereum.
Além disso, o JPMorgan e a Coinbase firmaram um acordo que permite integrar diretamente contas bancárias à exchange, facilitando, portanto, o acesso de clientes a criptoativos. Segundo Carlos Guzmán, analista da GSR:
“Isso terá enorme impacto na percepção pública sobre cripto e ajudará a indústria a alcançar o mainstream.”
Mudança de postura do JPMorgan frente ao mercado cripto
Historicamente crítico em relação ao Bitcoin, o CEO Jamie Dimon mudou de posição nos últimos meses. Em julho, ele revelou que o banco permitirá que clientes comprem Bitcoin e, além disso, utilizem criptoativos como garantia em empréstimos.
Nesse sentido, a Kinexys também lançou a ferramenta Kinexys Fund Flow, que fornece visão em tempo real sobre fundos tokenizados para distribuidores, gestores e agentes de transferência.
Esse movimento coincide com um ambiente regulatório mais favorável nos EUA, com políticas que incentivam stablecoins e criptoativos. Por isso, ele reflete o crescimento acelerado do setor e o aumento do interesse institucional desde 2024.
JPM Coin e a integração bancária
A emissão do JPM Coin marca, portanto, um passo importante para a integração entre bancos tradicionais e blockchain.
Além de acelerar transações, reforça a confiança institucional em criptoativos e, consequentemente, abre caminho para uma adoção mais ampla no mercado financeiro.

