- Bitcoin cai 6% e rompe suportes importantes, reforçando o controle dos ursos.
- Indicadores técnicos viram para baixa, com médias móveis totalmente negativas.
- Regiões de US$ 85.304 e US$ 83.473 surgem como próximos alvos caso a pressão vendedora continue.
O mercado de criptomoedas começou a semana com forte tensão após o Bitcoin registrar uma queda agressiva de cerca de 6% no início do pregão desta segunda-feira. Esse movimento ocorreu ainda durante a sessão europeia. A queda anulou mais da metade do avanço visto entre US$ 80.514 e US$ 93.052. Isso indica que a recuperação recente perdeu força e que os ursos retomaram o controle absoluto do movimento de preços.
A pressão vendedora ganhou tração quando novas tentativas de alta falharam repetidamente ao encontrar resistência na média móvel de 20 dias e no topo da nuvem semanal. Estas são duas barreiras técnicas consideradas decisivas por analistas. Além disso, a quebra do suporte psicológico dos US$ 60 mil — que também funcionava como piso da consolidação dos últimos quatro dias — acelerou o movimento de venda. Isso confirmou um sinal claro de baixa no curto prazo.
As médias móveis diárias retornaram para uma configuração totalmente baixista. Isso reforça a tendência negativa. O indicador de momentum também mostra fortalecimento da pressão vendedora. Isso sugere que o mercado deve enfrentar novas ondas de queda se a atual dinâmica se mantiver. Esse cenário preocupa traders que esperavam uma reação mais sólida após a mínima de oito meses marcada recentemente.
‘Caso o Bitcoin feche o dia abaixo do ponto de rompimento de 50% de Fibonacci (US$ 86.783), os ursos ganharão ainda mais terreno. Esse comportamento deixará o caminho aberto para um teste direto da região de US$ 85.304, correspondente ao nível de 61,8% de Fibonacci’, destaca o analista e fundador da Outset PR, Mike Ermolaev.
Preço do Bitcoin

De acordo com ele, se esse suporte ceder, o ativo poderá buscar níveis ainda mais baixos, como US$ 83.473 (76,4% de Fibonacci). Também pode revisitar os US$ 80.514, mínima registrada em 21 de novembro, além do suporte psicológico dos US$ 80 mil.
Por outro lado, qualquer tentativa de alta deve encontrar limites claros. Analistas afirmam que o preço só encontrará espaço para respirar se superar a média móvel de 10 dias (US$ 88.903). Essa média foi rompida de forma convincente durante a queda atual. Mesmo assim, esse movimento não mudaria a estrutura baixista no curto prazo. Reduziria apenas a pressão imediata.
A formação gráfica atual indica que o mercado vive um momento delicado. A incapacidade do Bitcoin de sustentar níveis acima de resistências importantes reforça a leitura de que o impulso comprador perdeu força. Assim, enquanto os ursos dominam o comportamento de preços, o ativo segue vulnerável a novas correções.
No cenário mais amplo, a região dos US$ 90 mil surge como barreira psicológica forte, enquanto US$ 88.262 e US$ 86.783 aparecem como resistências intermediárias. Já do lado de baixo, US$ 85.304, US$ 83.473 e US$ 80.514 funcionam como suportes que podem ser testados caso a pressão vendedora continue intensa.
Embora o Bitcoin tenha mostrado resiliência em momentos anteriores, o mercado agora opera com cautela. A retomada firme dos ursos deixa claro que a correção pode avançar mais longe. Muitos investidores observam atentamente cada movimento do gráfico enquanto buscam sinais mais sólidos de reversão.

