- Com o Bitcoin estagnado, tokens como BCH, AAVE e SUI lideram as altas semanais com valorização acima de 8%.
- Moedas de privacidade como XMR e ZEC registram fortes quedas em meio a pressões regulatórias e rejeições técnicas.
- Mercado mostra preferência por projetos com fundamentos sólidos, receita on-chain e crescimento consistente de ecossistema.
Enquanto o Bitcoin permaneceu estagnado perto de seus níveis recentes, alguns tokens de grande capitalização surpreenderam com altas expressivas. Ao mesmo tempo, altcoins especulativas e moedas de privacidade voltaram a sofrer pressão, refletindo um ambiente mais seletivo entre investidores.
Mesmo com o clima misto, os dados levantados pela altFINS chamaram atenção. O levantamento semanal mostrou que Bitcoin Cash (BCH), AAVE (AAVE), SUI (SUI), Chainlink (LINK) e Ethena (ENA) lideraram as valorizações nos últimos sete dias. Em contraste, criptomoedas como CCC, Monero (XMR), Manta Network (M), Zcash (ZEC) e Aptos (APT) figuraram entre as maiores quedas do período.
O Bitcoin Cash foi o destaque absoluto, com uma alta próxima de 11%. Esse avanço ocorreu em meio ao fortalecimento de narrativas sobre pagamentos ponto a ponto e por conta de novas integrações do BCH em plataformas da América Latina. Além disso, o ativo confirmou tecnicamente um rompimento acima de zonas de resistência, fator que reforçou o otimismo entre traders.
Criptomoedas em alta
A AAVE apareceu logo na sequência, com ganhos de 8,8%. O crescimento veio amparado por uma retomada do sentimento positivo em relação ao setor DeFi, impulsionada pelo aumento dos depósitos, pela melhora na receita on-chain e pela finalização de uma nova estrutura de tesouraria da DAO.
Esse movimento reativou especulações sobre possíveis recompras de tokens no futuro. No gráfico, a AAVE rompeu um canal descendente e abriu espaço para uma reversão de tendência, com projeções que apontam para a região de US$ 230, caso ultrapasse US$ 200.
A SUI também registrou uma semana forte, com valorização de 8%. A blockchain tem vivido um momento de expansão acelerada, impulsionado pelo lançamento de novos protocolos DeFi e pelo crescimento consistente no número de desenvolvedores ativos.
A movimentação técnica também ajudou, já que o preço rompeu o canal descendente, indicando uma possível reversão. As projeções sugerem espaço para alta de até 15%, rumo à resistência de US$ 1,70, embora seja uma configuração mais arriscada devido ao caráter de reversão.
Por outro lado, o setor de privacidade foi o mais pressionado. Monero (XMR) e Zcash (ZEC) tiveram quedas expressivas em meio ao avanço das discussões regulatórias envolvendo transações anônimas. A
‘ZEC, por exemplo, rompeu uma cunha ascendente para baixo e confirmou duas rejeições consecutivas em US$ 740, configurando um topo duplo. O preço voltou do suporte em US$ 300 e agora testa a resistência em US$ 430, região que pode determinar se a fase de realização está perto do fim’, destaca Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR.
