Mesmo após o brutal golpe que o mercado financeiro global sentiu após a OMS declarar que o surto de COVID-19 havia se tornado uma pandemia, o Bitcoin continua sendo um dos ativos com melhor desempenho em relação ao último ano.
De fato, aquele fatídico 11 de março foi um dia sombrio para o mundo e para o mercado financeiro. Nesta data, a OMS declarou o coronavírus como pandemia, levando classes de ativos em todo o mundo a significativas perdas de valores. Ficou claro que até mesmos os ativos considerados seguros ou de refúgio nada tinham de seguro. E o Bitcoin não escapou dos desdobramentos da pandemia de coronavírus.
Contudo, ao observados os últimos 12 meses, o Bitcoin se sobressai em relação à outros ativos tradicionais. Por exemplo, neste período a principal criptomoeda cresceu 31,5%, enquanto o S&P caiu 5,01%, mesmo com investimentos recordes do governo norte-americano.
E a discrepância é maior ao comparar o ativo digital com o barril do petróleo. Além do impacto negativo da pandemia, o mercado de petróleo esteve envolvido em uma guerra de preços entre Rússia e Arábia Saudita. Assim, apesar de uma trégua temporária as duas potências, o mercado do ouro negro registrou uma queda de 65,41% em relação aos últimos 12 meses.
A hegemonia do ouro se mantém
Entretanto, o Bitcoin não foi o ativo que mais valorizou no acumulado dos últimos 12 meses. O ouro é o ativo com melhor desempenho do período, registrando um crescimento de 38,24%. O metal precioso tem por costume, ser o ativo mais procurado em tempos de incertezas.
Contudo, o ouro ainda teve um outro benefício que o ajudou a se manter na liderança, com as quarentenas se tornando obrigatórias em vários países, várias refinarias se viram obrigadas a encerrar suas atividades temporariamente, tornando assim, o metal ainda mais escasso.
Porém, ao observarmos os ganhos mensais, o Bitcoin ultrapassou o ouro, valorizando 24,9% enquanto o metal recuperou apenas 15,69% no último mês.