De acordo com um novo relatório realizado pela Chainalysis e divulgado pela Coindesk, a Venezuela é atualmente o terceiro país do mundo com maior adoção de criptomoedas. De fato, o documento relata que o país comandado por Nicolás Maduro só está atrás da Ucrânia e da Rússia.
Entretanto, essa alta adoção no país sul americano não acontece da forma que seu governo esperava. Desde seu controverso lançamento em 2018, a criptomoeda nacional supostamente lastreada ao petróleo, o Petro, vem sendo forçada aos venezuelanos através de medidas cada vez mais agressivas.
Contudo, o criptoativo nacional não é o impulsionador da adoção das criptomoedas no país. No cenário atual, o Bitcoin é a principal criptomoeda usada no país, onde é principalmente negociada em plataformas de negociação P2P no país, como a Localbitcoins, por exemplo.
“É por isso que a Venezuela se destacou para nós”, disse o chefe de pesquisas da Chainalysis, Kim Grauer. “Eles estão obtendo seus bitcoins de exchanges ponto a ponto (P2P), como Paxful e LocalBitcoins”, completou.
Assim, os pesquisadores também identificaram que o aumento no volume de negociações de Bitcoin pode estar sendo impulsionado pelos mais ricos do país, através da plataforma venezuelana CriptoLago. Isso porque aproximadamente 75% das negociações processadas pela exchange estão na casa dos US$ 1.000, um valor alto demais para as classes mais pobres do país.