O mundo das criptomoedas já sabe que diariamente uma parte dos Bitcoins que já foram minerados desaparece.
Por mês, aproximadamente 57 mil Bitcoins são minerados, destes, uma parte é perdida de alguma forma.
Segundo o Artigo publicado pelo Cane Island Digital Research, intitulado “Nunca haverá mais de 14 milhões de Bitcoins“, aproximadamente 4% do total de Bitcoins produzido por ano é perdido.
Mais estarrecedor é o fato de que após o halving deste ano, provavelmente o número de Bitcoins se mantenha estável ou até decresça nos próximos anos.
Isto porque, estima-se que atualmente o número de Bitcoins produzidos seja menor do que o número de Bitcoins perdidos diariamente.
Desta forma, é como se tivéssemos chegado ao platô do número de Bitcoins disponíveis, e a demanda de produção não será mais capaz de suprir a demanda de perdas.
De forma empírica, portanto sem embasamento científico, o estudo sugere que as mudanças na oferta de Bitcoin não surgem com as mudanças no preço, pois a sua oferta é fixa.
Assim sendo, a elasticidade do preço da oferta de Bitcoin esteja próximo de zero.
Os motivos listados para que os Bitcoins sejam perdidos fazem parte do cotidiano, portanto, não é algo que pareça ter fim.
Não sei você, mas eu confiro cada letrinha do endereço fornecido para a transferência de criptomoedas, assim como, faço transferências seriadas.
No mais, manter aquelas palavras que “salvam” o seu endereço bem protegidas, e em mais de um lugar me trazem alguma suposta maior segurança.
Aqui não estamos tratando de roubos diversos de criptomoedas, mas sim de perda, mesmo.
Conforme elencado pelo estudo, um único usuário acidentalmente jogou fora seu hardware. Foram “só” 7.500 Bitcoins embora.
Outros usuários já perderam as suas chaves privadas, como foi o caso do “Sr. futuro” Elon Musk.
Os casos podem ser os mais diversos, assim como usuários que podem chegar a falecer e não se precaveram em relação a isto, e lá se foram suas criptomoedas.
O Artigo cita o caso de Matthew Mellon, que mantinha quase todas as suas moedas XRP, estimadas em US $ 500 milhões de dólares, em carteiras frias em todo o país, mas não sabe onde as deixou, e também não avisou ninguém sobre isso.
Usuários podem enviar Bitcoins para endereços errados, onde as chaves ou endereços estão perdidos.
O Artigo não cita, mas muitas pessoas pegam o endereço errado e enviam suas criptomoedas.
Sei bem disto, pois uma vez cliquei na carteira do Bitcoin, copiei o endereço, e enviei um Litecoin para a minha esposa de presente. Já era, e agora tomo mais cuidados, conforme citei acima.
Num caso que seja a ser aberrante, o Artigo relata a carteira que possui mais de 80 mil Bitcoins guardados, provavelmente num endereço extinto.
O caso é aberrante porque pessoas até hoje enviam quantidades de Satoshis para a carteira na esperança de serem recompensados no futuro.
Como do futuro ninguém sabe, nada nos garante que mais à frente estas carteiras ociosas voltem a transacionar seus Bitcoins.
Certamente neste exato momento hackers estão procurando carteiras desatualizadas na tentativa de hackea-las e obter estes Bitcoins.
Assim como também, quem garante que no futuro criptomoedas enviadas a endereços errados não poderão ser recuperadas?
Para tanto, o valor para isso terá que cair muito, pois atualmente recuperar 1 Bitcoin custa bem mais caro que ele próprio.
Este estudo só apresenta os números de Bitcoins perdidos. No caso de moedas não mineráveis, os protocolos até podem fazer igual ao Governo, e “imprimir” mais. De longe isto não é o ideal.
Menos ideal ainda, será ocorrerem mudanças nos protocolos originais de certas criptomoedas que possam além de tudo, suprir estes volumes perdidos.
Não, não pense que isto seria utópico de acontecer, pois já publicamos algo neste sentido aqui no Bitnotícias, e inclusive se relacionava ao Bitcoin!
Este Artigo do Cane Island trás mais um monte de informações interessantes que vale bastante a leitura, e nos deixa mais um alerta, pois não acredito que alguém perca as suas criptomoedas porque quer!
Se basta estar vivo para morrer, basta ter criptomoedas para poder perdê-las.
Então, tomemos cuidado!
