Foram quase 7 anos e meio desde a primeira listagem do Coinmarketcap sobre o ranking de capitalização das criptomoedas do mercado.
Em sua primeira edição, registrada em 28 de abril de 2013, o Litecoin ocupava a segunda posição do ranking custando US$4,35 dólares, tendo pouco mais de 17,1 milhões de criptomoeda mineradas, e uma capitalização de mercado de US$74,6 milhões de dólares.
Desde lá, o Litecoin praticamente acompanhou a evolução do mercado de criptomoedas olhando de cima as transformações que nele aconteciam.
Foi chamado de Bitcoin do futuro, ou de Bitcoin melhorado, passou por halvings e pela bull run de 2017/2018, tudo posicionado na coluna de gala das criptomoedas.
Mas nessa evolução que o mundo das blockchains veio passando, já existia o super poderoso Bitcoin como meio de pagamento.
Depois surgiram mais um monte de criptomoedas que vieram no intuito de se tornarem meios de pagamentos também, tanto que o Bitcoin até deixou esta “função” meio que de lado e ascendeu à função de reserva de valor.
Essas criptomoedas passaram a concorrer a uma fatia do bolo do Litecoin.
Nesse meio tempo surgiu uma criptomoeda para suprir um meio de transação entre Instituições financeiras, o protocolo da Ripple.
Uma outra surgiu com valor lastreado em US$1 dólar e era estável, obra da Bitfinex.
Já a outra era de uma exchange imensa que inovou e dominou o mercado mundial de criptomoedas. Nisto criou o Binance Coin (BNB) que entrou no ranking Top10 e não saiu mais.
Teve também aquele Fork do Bitcoin e se não bastasse 1 Bitcoin agora haviam dois para concorrer com o Litecoin.
Esse outro Bitcoin sofreu outro Fork, e agora tinham Roger Ver e Craig Wright para torrarem a vida do Charlie Lee. Ninguém merece!
E o que dizer daquele outro imenso protocolo de blockchain que permitiu que uma enxurrada de tokens e criptoativos tokenizadas fossem lançados no mercado?
O Ethereum lançou a moda e muitos outros protocolos semelhantes de blockchain foram lá e beliscaram as posições do Litecoin em algum momento, como o Tron, o EOS, e mais recentemente o Polkadot e o Crypto.com.
Enganou-se quem achou que as DeFis ficariam de fora, e aquele protocolo que “Linkou” oráculos dentro da blockchain até deu uma escorregada esta semana, mas depois da vertigem recuperou seu posto dentro do Top10 do ranking.
Por fim tem o ADA, mas esta criptomoeda está precisando sair da literatura Cardano e dar o ar das graças no mundo real, porque está indo na mesma balada do Litecoin.
Com tudo isso e sem quase nada de novo para apresentar o Litecoin vem deslizando aos poucos para baixo da tabela, assim como muitos outros protocolos pragmáticos outrora fizeram.
Há mais de um ano o Litecoin perdeu a casa dos US$100 dólares de preço, e está distante de voltar a este patamar mantido por pouquíssimas criptomoedas.
Para tanto, terá que ressurgir das cinzas como uma Fênix para buscar o posto de glória que sempre foi seu.
Mas será difícil. Bem difícil!