As autoridades da União Europeia voltaram a discutir novamente a possibilidade de impor uma proibição ao comércio de bitcoin.
E mais uma vez a energia é o problema
Parece que o assunto consumo de energia no processo de produção e transação da maior criptomoeda do mundo nunca vai acabar.
De tempos em tempos a discussão volta à pauta das entidades governamentais e políticas.
Segundo o portal de notícias alemão Netzpolitik.org, a Comissão da União Europeia se reuniu para tratar sobre o consumo energético do bitcoin e sobre fatores como mudanças climáticas e emissão de poluentes.
Uma das possíveis soluções cogitadas para a solução do problema sempre é a proibição não apenas do processo de mineração de criptomoedas (prova de trabalho – PoW), mas também a proibição da comercialização de bitcoin.
E assim, de acordo com a Netzpolitik.org, foi proposto pela Comissão a possibilidade de impor uma proibição tanto do processo de mineração quanto do comércio de bitcoin devido à sua intensidade de consumo energético e danos ao meio ambiente.
A discussão foi encabeçada pela Suécia, país ao qual duas entidades governamentais já pediram a proibição da mineração de criptomoedas à União Europeia.
A Noruega e a Alemanha são outros dois país que não aprovam a mineração, mas cabe salientar que estas ações são políticas, uma vez que a Europa foi o continente que teve a maior adesão cripto e se tornou o polo criptoeconônomico mundial em 2021.
Mudem de PoW para PoS
Uma das medidas sugeridas para a não proibição do bitcoin seria o protocolo fazer o mesmo que está fazendo a rede Ethereum e se tornar em mecanismo de prova de participação (PoS).
Esta mudança poderia ser exigida por Lei como uma condição do bitcoin não ser proibido na União Europeia.
Para alguns membros da Comissão, não há motivos para suavizar os requisitos para o protocolo Bitcoin, desde que existam criptomoedas mais estáveis e menos intensivas em energia.
Inclusive mencionou-se a hipótese de se incluir todas as criptomoedas que utilizam o mecanismo de prova de trabalho nesta proibição.
O ponto de maior preocupação segundo as autoridades é que o uso do bitcoin está crescendo, e com isso o seu consumo de energia, também.
De acordo com a Universidade de Cambridge, a mineração de bitcoin atualmente consome 139 terawatt-hora (TWH) por ano.
Em comparação, no mesmo período o Reino Unido usou aproximados 265 TWh por ano.