Caroline Ellison, declarou que ela e Sam Bankman-Fried (SBF) fraudaram deliberadamente os credores das empresas FTX e Alameda Research.
A ex-CEO da empresa Alameda Research disse em depoimento que ela e o cofundador da FTX, SBF, estavam bem cientes das complexidades dos empréstimos da FTX e da Alameda Research.
Durante uma audiência pública no tribunal federal de Manhattan, Ellison disse que entendia o erro e a ilegalidade de suas ações.
Sai pra lá, mentiroso
SBF já havia declarado em várias ocasiões que não sabia do significativo rombo de caixa que estava causando com os empréstimos feitos pela Alameda Research.
Entretanto, Ellison desmentiu SBF e negou completamente suas palavras.
Em depoimento Ellisson disse que “sabia que de 2019 a 2022 a Alameda tinha acesso à linha de crédito ilimitado da FTX”.
Na prática, esse acordo permitiu à Alameda Research “alavancar indefinidamente, sem uso de garantias, saldos negativos e requisitos de margem nos protocolos de liquidação da FTX.com”, disse Ellison.
Desta forma, a empresa poderia usar a liquidez da FTX, lastreada por fundos de clientes e credores.
Outro personagem desta estória surreal é Gary Wang, cofundador da FTX, que também reconheceu que estava ciente da ilegalidade de suas ações.
Wang é mais um que está sendo processado por crimes contra o sistema financeiro norte-americano.
De acordo com Wang, ele foi encarregado de alterar o código do site para dar à plataforma Alameda privilégios especiais.
Ver o sol nascer quadrado
Ellison e Wang já haviam se declarado culpados de fraude depois de que a bomba estourou.
Assim como SBF, eles também poderão pegar penas de mais de 50 anos de prisão.
Vale lembrar que esta semana SFB teve o aval do tribunal de Nova York para responder pelo crime em liberdade.
SFB pagou cerca de US$ 25 milhões para aguardar o julgamento em liberdade, ato este que ocorrerá em 08 de fevereiro do próximo ano.
Para tanto, além do valor pago SBF deixou a casa dos pais como garantia, algo em torno de US$ 250 milhões, e deve cumprir diversos requisitos de liberdade condicional para não ser classificado como foragido.
SBF não poderá sair de casa, salvo condições especiais, e deverá usar dispositivo eletrônico de localização.