O mercado cripto tem sido alvo de atenção constante nos últimos anos, e uma notícia recente vem chamando a atenção dos investidores: a corretora de criptomoedas Voyager, que entrou em falência em julho deste ano devido ao “inverno cripto” e a exposição ao Terra, agora tem uma proposta de compra de parte de seus ativos pela exchange Binance.US, no valor aproximado de 1 bilhão de dólares.
De acordo com o juiz de falência Michael Wiles, em Nova York, a Voyager foi autorizada a entrar em um acordo de compra de ativos com a Binance.US e a realizar uma votação entre seus credores para a venda. No entanto, a transação só será finalizada após uma audiência marcada para 2 de março.
Se a transação for concluída, os clientes da Voyager, que não têm acesso a seus fundos desde julho deste ano, terão 51% de seu capital de volta.
A proposta também tem sido alvo de críticas de ambos, SEC e Alameda Research. Em um documento publicado na semana passada, a Alameda apontou várias críticas, afirmando que o acordo de aquisição de 1 bilhão de dólares “ignora requisitos e proteções fundamentais do Código de Falência”.
Já a SEC questionou a capacidade da Binance de “consumir uma transação desta magnitude” e expressou preocupações sobre como os devedores pretendem garantir os ativos dos clientes. Além disso, o Comitê de Investimento Estrangeiro dos EUA (CFIUS), uma entidade pública responsável por revisar e regular investimentos estrangeiros nos EUA, também colocou questões sobre a transação em dezembro, reservando o direito de bloquear a venda caso represente riscos à segurança nacional americana.
O advogado da Voyager, Joshua Sussberg, afirmou em um documento separado que a empresa está trabalhando para sanar quaisquer questões levantadas pelo CFIUS, e que caso a Binance seja impedida pela CFIUS, isso resultará em um pagamento menor para os usuários da Voyager.