O banco multinacional BNP Paribas, o segundo maior banco europeu, adquiriu ações do iShares Bitcoin Trust (IBIT), o ETF de Bitcoin spot da BlackRock, conforme revelado em um formulário 13F arquivado na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
De acordo com o relatório 13F divulgado em 1º de maio, o BNP Paribas comprou 1.030 ações do IBIT durante o primeiro trimestre de 2024. O banco pagou um preço médio de US$ 40,47 por ação, totalizando US$ 41.684,10.
Embora esse investimento represente uma parte relativamente pequena de sua carteira de investimentos, marca uma das primeiras instâncias confirmadas de uma grande instituição financeira adquirindo ações de um ETF Bitcoin à vista.
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BNP Paribas investe no ETF de Bitcoin da BlackRock
O BNP Paribas, o segundo maior banco da Europa em ativos, destinou uma parcela comparativamente pequena de sua carteira ao IBIT. No entanto, essa movimentação valida parcialmente a tese de que os investidores institucionais estão começando a se interessar por fundos negociados em bolsa de Bitcoin.
Os relatórios 13F trimestrais enviados à SEC são obrigatórios para gestores de investimentos institucionais com pelo menos US$ 100 milhões em ativos sob sua gestão. Isso inclui bancos estrangeiros como o BNP Paribas, se eles realizarem transações nos EUA, como a compra de ETFs de emissores americanos.
Desde seu lançamento em janeiro, os ETFs de Bitcoin atraíram US$ 11,2 bilhões em entradas líquidas, segundo dados da Farside Investors, apesar das saídas de mais de US$ 17,4 bilhões do Grayscale Bitcoin Trust (GBTC).
Contudo, nos últimos dias, os ETFs de Bitcoin registraram saídas consistentes, com mais de US$ 563 milhões em saídas líquidas apenas ontem. Essas saídas ocorreram em meio à decisão do Federal Reserve dos EUA de manter as taxas de juros inalteradas, levando os investidores a evitar ativos de risco, como ações e criptomoedas.
A decisão do BNP Paribas de investir em ETFs de Bitcoin representa uma mudança em relação à sua posição anterior. Isso porque em setembro de 2022, Sandro Pierri, chefe do grupo de gestão de fundos da BNP Paribas Asset Management, afirmou que a empresa não tinha interesse em criptomoedas, pois não havia percebido um interesse significativo por parte de seus clientes.