Christopher Waller, membro do Conselho de Governadores do Federal Reserve dos Estados Unidos, afirmou que as inovações em finanças descentralizadas (DeFi) podem complementar os sistemas financeiros centralizados, mas não substituí-los.
Durante o 19º Workshop Anual de Macroeconomia de Viena, Waller destacou que os avanços tecnológicos impulsionados pelo DeFi têm o potencial de aumentar a eficiência no setor financeiro tradicional, porém intermediários financeiros ainda são necessários.
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Tecnologia DeFi e seus benefícios para finanças centralizadas
Segundo Waller, embora certos serviços do DeFi não sejam possíveis em finanças centralizadas, as inovações tecnológicas do setor são complementares e podem melhorar as operações tradicionais.
‘Embora existam certos serviços surgindo por meio do defi que não podem ser fornecidos por finanças centralizadas, as inovações tecnológicas decorrentes do defi são amplamente complementares às finanças centralizadas’, disse Waller.
Ele mencionou a tecnologia de registro distribuído (DLT), como blockchains, que pode ser uma maneira mais eficiente e rápida de manter registros em um ambiente de negociação contínua. Waller citou o uso de DLT para operações de recompra de títulos como um exemplo de aplicação prática.
No entanto, Waller enfatizou que, para essas tecnologias serem usadas com ativos tradicionais, como ações e dívidas, eles precisam ser tokenizados. Ele também comentou sobre a necessidade de marcos regulatórios que minimizem riscos como o financiamento ilícito.
Riscos e regulação em torno do DeFi
Além dos benefícios, Waller também apontou que o DeFi apresenta riscos, como a possibilidade de transferir fundos para atores mal-intencionados, e destacou a importância de regulamentação.
Ele questionou se regras e regulamentações semelhantes às que exigem que bancos conheçam seus clientes devem ser aplicadas ao DeFi. O Congresso dos EUA recentemente instruiu a SEC e outras entidades a estudarem o DeFi, abrindo espaço para futuras regulamentações.
Waller também comentou sobre stablecoins, dizendo que elas podem ter benefícios como meio de pagamento, mas enfrentam desafios semelhantes a substitutos de dólares genuínos, como o risco de colapsos.