O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, doou dois Bitcoins (BTC), no valor de aproximadamente US$ 133 mil, para apoiar a construção de mil escolas em Honduras. A doação ocorreu em 24 de outubro e quem a recebeu foi o fundador da organização “Students Helping Honduras”, Shin Fujiyama, que tem como objetivo combater a pobreza por meio da educação.
A contribuição faz parte do contínuo apoio de Bukele ao Bitcoin, que foi tornado moeda de curso legal em El Salvador em 2021. De acordo com o Escritório Nacional de Bitcoin (ONBTC) de El Salvador, os fundos doados vieram diretamente da carteira pessoal do presidente. Fujiyama expressou grande gratidão pelo gesto, destacando o impacto da doação no projeto escolar.
Fujiyama está atualmente realizando uma corrida de caridade de 3.000 quilômetros com o objetivo de arrecadar fundos para a construção das escolas. No vídeo divulgado nas redes sociais, ele revelou que quase desistiu da corrida por medo. No entanto, encontrou inspiração em vídeos de Bukele, o que o motivou a continuar o desafio.
Campanha para construção de escolas e adoção de Bitcoin
Stacy Herbert, diretora do Escritório Nacional de Bitcoin (ONBTC), comentou sobre a iniciativa de Fujiyama. Ela afirmou que o corredor tem recebido apoio e carinho da população de El Salvador durante sua passagem pelo país. Ela ressaltou ainda que a jornada de Fujiyama é uma história de soberania individual, responsabilidade pessoal e liberdade econômica.
A doação também reforça os esforços contínuos de Bukele para promover o Bitcoin e sua integração na vida cotidiana. No entanto, apesar das iniciativas, o uso de Bitcoin em El Salvador permanece limitado. Uma pesquisa recente da Universidade Francisco Gavidia, na capital San Salvador, apontou que apenas 7,5% dos entrevistados utilizam criptomoedas em transações. Enquanto isso, 92% afirmam não usar. Além disso, somente 1,3% dos participantes acreditam que o Bitcoin deve desempenhar um papel fundamental no futuro do país.
Apesar da baixa taxa de adoção, a mesma pesquisa indicou que 58% dos entrevistados confiam na direção do governo de Bukele, principalmente nas áreas de economia e segurança.