O ecossistema do Ethereum continua sendo o preferido entre as startups de web3. Contudo, a Solana tem conquistado cada vez mais espaço. De acordo com um relatório publicado no dia 21 de outubro pelo programa de aceleração cripto Alliance, Solana agora representa 18% dos projetos de startups. Trata-se de um aumento significativo em relação aos 8% registrados após o colapso da FTX no final de 2022.
O relatório analisou mais de 3.000 projetos que se candidataram ao programa da Alliance desde 2021 e mostrou que 62% das startups ainda escolhem o Ethereum para construir suas soluções. Entre essas, 59% estão desenvolvendo sobre rollups otimistas, com redes como Base, Optimism e Arbitrum atraindo grande parte dos novos projetos.
A Base, em particular, se destacou como uma das redes mais populares, abrigando 28% das startups que constroem em soluções de segunda camada (Layer 2). No entanto, o relatório também destacou que a Polygon, que já foi uma das principais escolhas para novos desenvolvimentos, tem perdido terreno.
Solana e o crescimento das startups
O relatório apontou que o ecossistema de startups da Solana tem mostrado grande impulso, especialmente considerando o cenário adverso do mercado cripto em 2022, incluindo o impacto da falência da FTX.
“Solana é o ecossistema com o maior ímpeto no momento”, afirmou a Alliance. “Muitos dos principais produtos da Solana hoje foram construídos durante o mercado em baixa e a crise da FTX.”
A expectativa é que Solana continue a atrair novas startups e usuários nos próximos um a dois anos, consolidando sua posição no espaço das soluções de blockchain.
Bitcoin também atrai startups
O Bitcoin, embora ainda distante de Ethereum e Solana em termos de participação de mercado, também tem registrado um aumento no número de startups. Conforme apontou o relatório, o ecossistema de Bitcoin representa 5% dos novos projetos, impulsionado pela criação de tokens não fungíveis e fungíveis, como os pioneiros pelos Ordinals em 2023, e esforços para expandir o setor BTCfi.
A Alliance destacou a crescente programabilidade do Bitcoin, com iniciativas como o BitVM e a chegada de várias soluções de segunda camada. Também há uma duplicação de projetos de DeFi que foram originalmente lançados no Ethereum, como exchanges descentralizadas (DEXs), plataformas de empréstimo e stablecoins.
Apesar disso, a Alliance alertou que as limitações técnicas do Bitcoin podem dificultar a criação de produtos inovadores e diferenciados em relação ao Ethereum e Solana, que já estão muito à frente.