A Microsoft anunciou que seus acionistas votarão, em 10 de dezembro de 2024, sobre uma proposta para avaliar o potencial de adicionar Bitcoin ao balanço patrimonial da empresa.
A iniciativa foi impulsionada pelo National Center for Public Policy Research (NCPPR), uma organização de pesquisa conservadora que defende a diversificação de ativos corporativos, especialmente com o crescimento de empresas que investem em Bitcoin.
O NCPPR destacou que empresas como a MicroStrategy, que adota Bitcoin como ativo de reserva, têm obtido valor significativo, superando a valorização da própria Microsoft em 2023.
Conselho da Microsoft se opõe à proposta
Embora a proposta tenha entrado na agenda de votação, o conselho da Microsoft recomendou aos acionistas que votem contra o investimento em Bitcoin.
Em documentos apresentados à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), o conselho afirmou que a empresa já avalia diversos ativos investíveis, incluindo Bitcoin, e que as condições atuais não justificam uma alteração nas políticas de investimento.
‘A equipe de Serviços Globais de Tesouraria e Investimentos da Microsoft avalia uma ampla gama de ativos investíveis para financiar as operações contínuas da Microsoft, incluindo ativos que devem fornecer diversificação e proteção contra a inflação, e para mitigar o risco de perdas econômicas significativas devido ao aumento das taxas de juros’, escreveu a empresa no Aviso de Reunião Anual de Acionistas e Declaração de Procuração de 2024.
Além disso, a Microsoft destacou que mantém foco em tecnologias estratégicas, como inteligência artificial (IA) e computação em nuvem, que são mais alinhadas ao modelo de negócios da empresa.
Proposta de Bitcoin como proteção contra a inflação
O NCPPR argumenta que a inclusão de Bitcoin poderia proporcionar à Microsoft uma proteção de longo prazo contra a inflação e a volatilidade dos rendimentos de títulos corporativos.
Segundo a organização, empresas globais deveriam considerar alocar uma pequena parcela, como 1% dos ativos, em Bitcoin, o que poderia agregar valor e mitigar riscos de inflação no longo prazo.