O preço do Bitcoin caiu nesta quinta-feira (28), sendo negociado em torno de US$ 95.850, após uma breve recuperação no início da semana. Apesar do recuo, o analista Manish Chhetri mantém uma visão otimista sobre a criptomoeda.
“O mercado de alta ainda está em curso. Relatórios apontam que o Bitcoin não está sobrevalorizado e pode atingir US$ 146 mil nos próximos ciclos”, afirma.
A queda recente reacendeu as memórias do mercado sobre o chamado “Massacre de Ação de Graças” de 2020, quando o Bitcoin despencou mais de 17% em poucas horas. O analista, no entanto, ressalta que o momento atual apresenta diferenças significativas.
“Desta vez, os fundamentos são mais sólidos, com um fluxo de investidores institucionais e indicadores técnicos que ainda não apontam para uma bolha.”
Bitcoin: indicadores técnicos sugerem cautela
Segundo Chhetri, apesar da perspectiva de longo prazo otimista, os investidores devem ficar atentos a sinais de correção no curto prazo. “O Índice de Força Relativa (RSI) apresenta uma divergência baixista, sugerindo uma possível reversão de tendência. Além disso, o cruzamento de médias móveis (MACD) indica sinais de venda”, explica.
Se o preço continuar caindo, o Bitcoin pode retestar o nível psicológico de US$ 90 mil, com possibilidade de atingir o suporte em US$ 85 mil caso esse patamar seja rompido. No entanto, uma recuperação pode impulsionar o preço para o recorde histórico de US$ 99.588.
“A volatilidade é característica do mercado de criptomoedas. O importante é observar os suportes e resistências-chave para entender os próximos movimentos.”
Outro fator destacado pelo analista é a retomada do interesse institucional no Bitcoin. Dados da Coinglass mostram que os ETFs de Bitcoin nos EUA registraram um influxo de US$ 103 milhões na quarta-feira, quebrando dois dias de saídas consecutivas. “Esse fluxo positivo sinaliza que grandes investidores ainda acreditam no potencial de alta do Bitcoin”, avalia.
O relatório da CryptoQuant, citado por Chhetri, reforça o otimismo ao projetar o preço de US$ 146 mil com base em métricas de avaliação realizadas.
“O nível de preço realizado está alinhado com os topos de ciclos anteriores, como o de abril-maio de 2021. Isso indica que ainda há espaço para crescimento antes de atingirmos um pico de mercado”, conclui.