O Bitcoin, frequentemente elogiado por sua oferta limitada de 21 milhões de unidades, tornou-se foco de um debate acalorado após a divulgação de um vídeo promocional da BlackRock.
A peça publicitária sugere que o ativo é único por sua escassez programada, reacendendo discussões sobre a imutabilidade de seu limite e os desafios técnicos para mantê-lo.
A promoção da BlackRock e a valorização da escassez
No vídeo, a BlackRock enfatiza o limite fixo do Bitcoin como um diferencial que o torna uma reserva de valor confiável, similar ao ouro. A narrativa destacou a estabilidade do protocolo como uma garantia contra a inflação e o aumento da confiança institucional no ativo digital.
BlackRock explains #Bitcoinpic.twitter.com/X2fPl8tL2s
— Michael Saylor⚡️ (@saylor) December 17, 2024
O interesse da BlackRock no Bitcoin, especialmente com a proposta de um ETF spot, ampliou o impacto da mensagem no mercado.
A peça publicitária gerou um aumento nas buscas por informações sobre o limite de 21 milhões, enquanto investidores debatiam se a escassez programada poderia ser alterada no futuro devido a pressões externas ou a mudanças no consenso da rede.
THIS IS NOT AN ALTERED SCREENSHOT
Michael Saylor, the unequivocal face and most influential person in Bitcoin today, posted a video from BlackRock with a really interesting disclaimer:
"There is no guarantee that bitcoin's 21 million supply cap will not be changed."
They're… pic.twitter.com/Xg3sQP9BJw
— Joel Valenzuela (@TheDesertLynx) December 18, 2024
Debates técnicos e questões filosóficas
O limite fixo do Bitcoin é garantido por seu protocolo de código aberto, que exige consenso da maioria dos mineradores e usuários para qualquer alteração.
Embora mudanças sejam tecnicamente possíveis, especialistas apontam que a probabilidade de um aumento na oferta é extremamente baixa, devido à resistência da comunidade em comprometer um dos princípios fundamentais do ativo.
Críticos sugerem que, em cenários extremos, como uma escassez severa de recompensas de mineração, poderia haver pressão para revisar o limite. Contudo, defensores do Bitcoin argumentam que o sistema foi projetado para se ajustar automaticamente às mudanças no mercado, garantindo a longevidade do ativo sem necessidade de alterações drásticas.
O debate reforça a percepção do Bitcoin como uma inovação disruptiva, atraindo tanto investidores tradicionais quanto adeptos de tecnologias descentralizadas. À medida que grandes instituições, como a BlackRock, exploram o ativo, a discussão sobre suas propriedades fundamentais continuará a moldar o mercado de criptomoedas.