Arthur Hayes, CEO da BitMEX, sugeriu uma estratégia audaciosa para impulsionar o crescimento econômico dos Estados Unidos: desvalorizar o ouro e criar uma reserva de Bitcoin. Em seu mais recente artigo, Hayes explicou como essa medida poderia fortalecer a economia e consolidar a posição dos EUA como líder financeiro global.
Segundo Hayes, a desvalorização do ouro poderia injetar rapidamente recursos no Tesouro Geral dos EUA (TGA), eliminando a necessidade de negociações internacionais para enfraquecer outras moedas. Atualmente, o ouro é avaliado em US$ 42,22 por onça pelo Tesouro. Hayes propõe aumentar esse valor para US$ 10.000 ou US$ 20.000 por onça, o que elevaria instantaneamente o saldo do TGA e geraria recursos para estimular a economia.
O executivo acredita que as primeiras 100 dias de governo de Trump representam uma janela limitada para implementar políticas de impacto, incluindo a desvalorização significativa do ouro. Ele prevê que uma medida tão ousada poderia ocorrer no início de 2025, ajudando os EUA a aumentar sua competitividade e a promover a produção doméstica.
Hayes vê nessa estratégia uma oportunidade para Trump consolidar rapidamente avanços econômicos e fortalecer o controle republicano no Congresso.
Não ao ouro e sim ao Bitcoin
Além disso, Hayes defende a criação de uma reserva de Bitcoin pelos EUA, o que garantiria a dominação financeira do país. Ele explica que o Bitcoin, frequentemente descrito como “dinheiro forte” devido à sua oferta limitada, fortaleceria ainda mais a moeda nacional se incluído em reservas significativas.
Segundo Hayes, a compra de Bitcoin com os recursos da desvalorização do ouro faria o preço da criptomoeda disparar, levando outros países a seguirem o exemplo em uma corrida por reservas de criptomoedas.
O CEO também alertou que o tempo é um fator crítico. Para obter resultados antes das eleições de meio de mandato em 2026, o governo precisa agir rapidamente. A demora ou a falta de resultados concretos poderia decepcionar o mercado, levando a uma queda no valor das criptomoedas e em outros investimentos relacionados a Trump.
Outros países, como Rússia, Japão e Canadá, já consideraram ou implementaram estratégias similares de reservas em Bitcoin. Hayes destacou o crescente interesse global nas reservas de criptomoedas, um movimento que os EUA não podem ignorar. Ele também mencionou que os ETFs de Bitcoin agora gerenciam mais ativos do que os ETFs de ouro, refletindo uma mudança nas prioridades do mercado.