A empresa de análise de blockchain, Chainalysis, alerta que a repressão do Governo americano a crimes relacionados às criptomoedas, como o Bitcoin, está prestes a aumentar.
Na quarta-feira, o Departamento do Tesouro dos EUA emitiu sanções contra três supostos “chefões do tráfico de drogas” chineses que o Governo alega ter usado o Bitcoin para lavar seus ganhos ilícitos. O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Tesouro, subsequentemente, adicionou 11 endereços de Bitcoin e 1 endereço da Litecoin à sua lista negra, garantindo que nenhuma pessoa dos EUA possa realizar negócios com qualquer um dos endereços associados.
Nem primeira nem última vez
Esta foi a segunda lista negra de endereços Bitcoin que a OFAC adotou. No ano passado, a primeira foi contra dois cidadãos iranianos.
De acordo com Jesse Spiro, chefe de política global da Chainalysis, essas ações são apenas o começo.
“Prevemos novas ações da OFAC para incluir endereços adicionais de criptomoedas atribuídos a esses indivíduos e a outros envolvidos no tráfico de entorpecentes daqui para frente.”, disse Spiro. Ele disse que casos como esses demonstram ainda mais a necessidade de “programas estritos de conformidade com criptomoedas para identificar imediatamente comportamentos e atividades de alto risco.”
Juan Llanos, um especialista em conformidade e conselheiro de várias empresas de criptomoeda, concordou que podemos esperar ver mais listas negras de endereços Bitcoin no futuro. E isso se deve em grande parte à “natureza dos blockchains abertos”, disse ele.
A capacidade de detectar e gerenciar rapidamente transações questionáveis pode fazer uma grande diferença na prevenção e redução da quantidade de criptomoedas perdidas em violações de segurança, de acordo com o Chainalysis.