Os salários pagos em ativos digitais tem se tornaram regra na indústria cripto e, cada vez mais, empresas do mundo todo estão adotando as criptomoedas como forma de remuneração.
Em países onde há uma legislação mais amigável à criptomoedas, empresas e funcionários já se beneficiam de transações na blockchain.
Exemplos de taxação da remuneração em criptomoeda
Conhecida como um país exemplo em neutralidade geopolítica e financeira, a Suíça é um país que se tornou amigo da indústria cripto e da remuneração em criptomoedas. Não à toa, várias empresas da indústria estabeleceram seus escritórios no Swiss Crypto Valley (Vale Suíço Cripto, em tradução literal), como Shapeshift, Xapo, Bitmain, Ethereum Foundation e, mais recentemente, a Libra Association.
Muitos aspectos de como lidar com as criptomoedas já foram regularizados pelas autoridades suíças e isso inclui a tributação. Pessoas que são remuneradas com criptomoedas devem declará-la e pagar impostos, bem como as que recebem salário com moedas fiduciárias.
Investidores e comerciantes são isentos de impostos sobre ganho de capital através do mercado cripto, mas dependendo da região e da quantidade de bens podem estar sujeitos a pagar um imposto sobre a riqueza, bem como acontece com o dinheiro convencional, metais preciosos e bens em geral.
Salários em criptomoedas pelo mundo
Mesmo sendo o expoente em criar uma legislação positiva em relação aos criptoativos, a Suíça não é a única nação que tem trilhado esse caminho.
Receber seu salário em criptomoedas já é realidade em países como Japão, Estônia e Estados Unidos. Empresas como a japonesa OGM e a exchange Kraken anunciaram que já pagam parte de seus funcionários com criptomoedas.
Na Estônia, onde também já há uma legislação avançada referente às criptomoedas, empresas geralmente compensam e incentivam seus funcionários a optarem por receber em cripto. A legislação do país prevê a tributação de tais rendimentos.
Recentemente, a Nova Zelândia considerou legal que as empresas paguem parte dos salários de seus funcionários com criptomoedas e que ainda retenham imposto sobre renda, como já acontece com quem recebe em dólar neozelandês. Apesar do sinal positivo do país oceânico, a regulamentação veio atrelada a várias condições, como já esperado, gerando divergentes opiniões.
A tendência em receber em criptomoedas
Se beneficiando da significativa velocidade e confiança nas transações cripto, e por não haver barreiras nacionais, o crescente mercado de freelancers têm aderido cada vez mais a essa modalidade de recebimento.
De acordo com um estudo da Edelman Intelligence de 2017, em até uma década, a modalidade freelancer será a maior força de trabalho nos Estados Unidos.
Em outra pesquisa da Humans.net, mostra que 27% dos freelancers preferem receber seus salários integral ou parcial em moedas digitais do que moeda fiduciárias.
Impulsionados com plataformas como Bitwage, que facilita o pagamento e recebimento de salários em criptomoedas, e Workingforbitcoins, plataforma que ajuda o usuário encontrar um emprego recebendo em Bitcoins, os freelancers refletem a ascensão mundial das criptomoedas como forma de salário.