- Tensões no Oriente Médio derrubam Bitcoin e Ethereum
- Traders protegem posições com ETFs e opções defensivas
- Juros altos e guerra pressionam mercado de criptomoeda
O mercado de criptomoedas atravessa dias turbulentos. As tensões no Oriente Médio derrubam Bitcoin, Ethereum e deixam investidores sem rumo.
Desde o início do conflito entre Israel e Irã, em 3 de junho, o cenário ficou sombrio. O Bitcoin caiu 3%, segurando-se na faixa de US$ 104 mil, enquanto o Ethereum despencou 10%, beirando os US$ 2.500. As duas principais criptos entraram em modo defensivo, presas a um movimento lateral que reflete pura incerteza.
Conflito aumenta o medo nos mercados
A escalada militar ganhou força após o alerta do presidente dos EUA, Donald Trump, ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei. Para piorar, Trump abandonou uma cúpula do G7 às pressas e convocou o Conselho de Segurança Nacional, indicando risco real de intervenção militar.
O clima pesou sobre todos os mercados. As bolsas dos EUA oscilaram. O petróleo explodiu. O ouro perdeu força. No universo cripto, Coinbase e Circle amargaram quedas de até 4%, embora tenham respirado após o senado dos EUA aprovar o GENIUS, lei crucial para regulamentar stablecoins.
As probabilidades na Polymarket ainda mostram tensão elevada, 61% de chance de ataque dos EUA ao Irã até julho, levemente abaixo dos 70% registrados no início da semana.
Traders usam ETFs e opções para se defender
Enquanto o pânico toma conta, os investidores institucionais agem. Somente nesta semana, os ETFs de Bitcoin sugaram quase 10 mil Bitcoins, cerca de US$ 1 bilhão, elevando os ativos desses fundos para incríveis US$ 131 bilhões.
Por outro lado, os traders de opções seguem cautelosos. Dados da Deribit revelam forte procura por opções de venda próximas de US$ 100 mil, sinal claro de proteção contra quedas. “Não é aposta no colapso, é defesa inteligente“, afirma Vincent Liu, diretor da Kronos Research.
Além disso, o mercado de XRP mostra o mesmo padrão. Traders ajustam posições, esperando volatilidade pesada nos próximos dias.
Além das tensões geopolíticas, surge mais pressão. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, frustrou qualquer esperança de corte nos juros. Porém, a inflação alta força o Fed a manter as taxas elevadas, o que sufoca ativos de risco como as criptomoedas.
Porém, o Irã adiciona um fator crítico ao tabuleiro. O país responde por 4% da produção global de petróleo e controla a entrada do estratégico Estreito de Ormuz, por onde passa 30% do petróleo global e 20% do gás natural liquefeito. Qualquer escalada pode colapsar cadeias de suprimento e, consequentemente, afundar mercados.