- PicPay relança cripto com 12 tokens e taxa zero
- App agora oferece alertas de preço para investidores
- Transferência para carteiras externas ainda não está disponível
Após quase um ano e meio fora do setor, o PicPay reativou a oferta de criptomoedas em seu aplicativo. A empresa decidiu retomar o serviço nesta quarta-feira (16), ampliando suas apostas no universo financeiro digital.
Agora, os usuários já podem comprar e vender 12 criptomoedas diferentes diretamente no app, incluindo Bitcoin, Ethereum e Solana.
Avanço regulatório motivou retorno da operação
A decisão do PicPay se apoia no avanço da regulação brasileira e no crescimento da base de investidores. Anderson Chamon, vice-presidente de Novos Negócios, explicou que o mercado amadureceu e que os próprios clientes pediram o retorno da funcionalidade. “Vemos os criptoativos ocupando um espaço relevante na carteira dos brasileiros“, afirmou.
O aplicativo volta ao mercado com suporte para Bitcoin (BTC), Ether (ETH), USD Coin (USDC), Uniswap (UNI), Chainlink (LINK), Litecoin (LTC), Polygon (POL), Bitcoin Cash (BCH), Aave (AAVE), Solana (SOL), Ripple (XRP) e Dogecoin (DOGE). Os ativos serão liberados gradualmente aos usuários.
Ainda mais, quem movimentar acima de R$ 100 em transações de compra ou venda, no início, contará com isenção total de taxas, como forma de incentivo.
Empresa aposta em usabilidade e experiência
Além das negociações básicas, o PicPay também introduziu alertas personalizados de preço. O recurso envia notificações automáticas sempre que os valores das moedas atingem níveis predefinidos pelos usuários. A equipe considera esse tipo de funcionalidade essencial para engajar investidores iniciantes e experientes.
No entanto, a empresa ainda não permite transferências para carteiras externas. Mesmo assim, garante que já analisa essa possibilidade para futuras fases do projeto. “Faz parte das possibilidades que estamos avaliando para a evolução da operação“, informou o PicPay.
A reentrada no mercado ocorre após a suspensão em outubro de 2023, quando o aplicativo interrompeu as operações com criptoativos devido às “indefinições regulatórias“. Na mesma época, a XP também fechou sua corretora de criptomoedas.
Agora, com a legislação mais clara e o cenário mais favorável, o PicPay acredita que voltou no momento certo. Porém, dados recentes reforçam essa percepção em 2024, o número global de usuários de criptomoedas saltou de 583 para 659 milhões, impulsionado por adoção institucional e avanço das regras de mercado.
No Brasil, o Datafolha revelou que mais brasileiros investem em cripto do que na Bolsa. Diante desse cenário, o PicPay traçou um roadmap para expandir a oferta de tokens e melhorar a jornada do investidor no aplicativo. A empresa sinaliza, assim, seu compromisso de longo prazo com o setor cripto.